segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O ano de 2012, Ano de Oxalá, Yêmanjá, Omolu e Xangô!!

Para quem quer estar super na moda na passagem para o ano de 2012 e em sintonia com as entidades do Candomblé, o Orixá Regente do ano novo será Oxalá. Neste sentido, o visual para a virada deve ser composto em branco e é favorecido por transparências e elementos furta-cor. “Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do  panteão africano. Simboliza a paz, é o pai maior nas nações das religiões de tradição africana. É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertencem os olhos que vêem tudo”.  

Segundo religiosos do Candomblé, 2012 será um ano de acerto de contas.Oxalá determina que tudo o que foi realizado nos últimos anos será motivo de julgamento. Como foram as atitudes pessoais? É o ano de execução do karma. Assim, é o período de pedir misericórdia.
 
Ano de 2012 tem a regência da Lua, o Orixá correspondente a esta energia é nossa Mãe Iemanjá. Quando temos a regência deste ano, temos um ano altamente emotivo, ano ótimo para os Cancerianos, Escorpianos e Piscianos.
A Lua trás questões relativas ao emocional, sentimentos, receptividade, passado, família, mulher, povo, nossa capacidade de sentir, de nos sensibilizarmos ao meio ambiente, o que alimenta tanto física como psiquicamente. 
Será um ótimo ano para resolvermos problemas familiares.
A Lua, na Astrologia, indica os seus modelos e necessidades emocionais mais profundos, a sua receptividade e capacidade de reflexão. Ela também está associada ao sonho, à imaginação ou a algo que primeiro fica incubado dentro de você para surgir noutro momento, como a gestação, que é feita na escuridão.
Você precisa respeitar o movimento de interiorização da sua Alma, dar tempo para que de fato ela possa lhe guiar no auto conhecimento, da mesma forma que acontece quando colocamos uma sementinha na terra: temos que esperar um tempo para que ela possa brotar.
Quando você utiliza a "sua lua" da pior forma, pode tornar-se ansioso, escandaloso e inconstante. Esse é o jeito da psique sinalizar o quanto você está afastado de si mesmo. Por outro lado, quando consegue aproveitar o que há de melhor nela, você torna-se uma pessoa que corre atrás de seus próprios sonhos, está sempre animada e disposta e, com isso, todos podem notar o seu encanto.
A Lua rege o signo de Câncer e, na Mitologia, está associada à Ártemis ou Diana, a caçadora virgem dos bosques, nos lembrando que devemos ser sempre e, antes de mais nada, caçadores de nós mesmos.
Iemanjá é a senhora dos mares e das águas. É a fonte da vida. Na África, foi sempre associada à fertilidade. Nas danças rituais, reproduz-se o movimento das ondas com as mãos, ou ainda lançando-se os braços para o alto, numa evocação às variações das ondas e à instabilidade das águas.
No Brasil, ela tornou-se o Orixá mais popular. Foi sincretizada, na Umbanda, com a Nossa Senhora da Conceição e sua evocação é subliminar em festas, como a dos Navegantes, em Porto Alegre. Em Salvador, o dia 2 de fevereiro lhe é consagrado, quando os fiéis concentram-se no Largo do Rio Vermelho e levam milhares de oferendas ao mar, geralmente acomodadas em barquinhos azuis e brancos. No Rio de Janeiro, o Réveillon de Copacabana encampou elementos de seu ritual - o vestir-se de branco e jogar flores brancas e amarelas ao mar, costume que acabou ganhando o Brasil.
Yêmanjá seria em geral plácida, compreensiva e pródiga. É a senhora da pescaria farta, da abundância. Fartura, romantismo, convívio familiar em alta e gravidez seriam marcas de um ano sob a sua regência. Amizade, companheirismo, franqueza e vida social ativa (desde com ênfase na família, na casa, nos vizinhos e amigos próximos), seriam também atributos que acompanham Yêmanjá. A feminilidade ganharia destaque e tudo o que for orientado ao público feminino teria grandes chances de sucesso. Como Yêmanjá também é a senhora da criação e da educação, estima-se que as realizações intelectuais sejam favorecidas. Aspecto que seria fortalecido pela companhia de Oxalá, que a estaria acompanhando neste ano.
Mas as águas são instáveis: hora tranquilas, hora vigorosas, hora fartas, hora escassas. O que sinalizaria para um ano de mudanças, de abruptas oscilações. Fonte da vida, é ela quem dá, mas é ela também quem tira. De humor geralmente sereno, Yêmanjá não aceita, contudo, contestação de sua autoridade, o que pode torná-la irascível. Os seguidores das religiões afro-brasileiras acreditam que um ano de Yêmanjá começa e termina com chuvaradas, tormentas, enchentes, ressacas, tragédias no mar, naufrágios, afogamentos. Tudo, enfim, que estiver relacionado à força das águas.
Pedimos cuidado com moléstias do corpo, pois o ano de 2012 será também ajudado pelo senhor Omolu, cataporas, caxumbas, varíola e rubéolas e outras enfermidades do tipo. Orixá rígido no tocante ao caráter, não admite que seus filhos façam algo fora dos padrões normais de um ser disciplinado, CARÁTER é a palavra desse Orixá! 
Ano de ajuda de Xangô, rei de Òyió, prometendo acertos de contas, possíveis escândalos e falências, tudo por um mundo melhor, mais limpo e mais justo. 

Seguindo a PAZ de Oxalá, a MEIGUICE de Yêmanjá, o CARÁTER de Omolu e a JUSTIÇA de Xangô comecemos um ano de muitas colheitas boas, que a Mãe Terra abençoe a horta que há dentro de você!! Axé, axé, axé pra todo mundo AXÉ!

Pai Sérgio Tatá d'Odé.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

AZEITE DE OLIVA E AZEITE DE DENDÊ NOS RITUAIS DE UMBANDA.


 
QUEM UTILIZA AZEITE DE OLIVA?
Poucos são os Terreiros de Umbanda que têm conhecimento e fazem uso do azeite de oliva consagrado em suas giras assistenciais ou mesmo para a própria corrente mediúnica. Menor ainda é o número de médiuns e até de dirigentes que entendem o que este azeite representa e porquê ele é utilizado. Pensando nisso resolvi falar um pouquinho para vocês hoje sobre a representação do azeite de oliva e sobre sua utilização na Umbanda. Vamos lá?
Várias lendas narram o nascimento da oliveira. Uma diz ser ela o resultado de uma disputa entre Poseidon (Deus do Mar) e Atena (Deusa da Sabedoria) por um pedaço de terra . Nessa disputa Poseidon fez nascer o mar quando usou a força de seu tridente numa rocha. Atena, por sua vez, fez brotar a oliveira da terra e, por isso mesmo, foi a vencedora da contenda, segundo Zeus, assim ganhando a posse da terra. Daí em diante os frutos dessa árvore serviriam de alimento e deles seria extraído um óleo sagrado que alimentaria e fortificaria o homem aliviando suas dores e suas feridas. Outra lenda, contada pelos hebreus, narra que a oliveira nasceu no vale de Hebron quando Adão fez 930 anos e, pressentindo a sua morte, lembrou que o Senhor lhe havia prometido o “óleo da misericórdia”. Então um querubim enviou-lhe a semente de oliveira que germinou em sua boca após a sua morte.
A Bíblia tem muitas referências aos usos religiosos da oliveira e do óleo de oliva. A pomba que foi enviada por Noé e retornou com um ramo de oliveira indicando a proximidade de terra, no Livro do Gênesis, se transformou no símbolo da paz. O maior significado religioso do óleo de oliva está documentado no Livro do Êxodo, no qual o Senhor diz a Moisés como fazer uma unção com óleo de oliva e durante a consagração este óleo é derramado nas mãos de reis e de sacerdotes católicos. Jesus, quando de Sua passagem em nosso mundo, falava que o bom samaritano recebeu óleo em suas feridas. A Unção dos enfermos utiliza o óleo sagrado, como sinal de Cristo, que alivia a dor e restitui a vida. Cristo foi ungido com o óleo sagrado por Maria Madalena depois de sua morte. Na antiguidade, o óleo estava associado à força de Deus e era utilizado para curar os doentes.
Na Umbanda o azeite de oliva é uma fonte de extremo poder pois é a somatória de forças regentes da Natureza. A raiz da oliveira chega a 6 metros de profundidade com grande possibilidade de conter água, nasce sob qualquer condição e em qualquer lugar: vales, montanhas, entre pedras. Mesmo estando velha ou doente nunca deixam de nascer novos ramos, estando cortada ou queimada ainda assim novos ramos emergirão da raiz e demora aproximadamente 15 anos para fornecer a primeira colheita.
Por tudo isso podemos dizer que a oliveira tem características muitos próximas às do ser humano e que, simbolicamente, Deus compara a oliveira a nós. É símbolo de excelência, de força, pureza, simplicidade e benção Divina.
Nos sacramentos da Umbanda, como batismo, confirmação e extrema-unção, o azeite de oliva é muito importante pois, além dessa maravilhosa simbologia, ele tem a função de purificar o corpo astral, equilibrar os chacras e alinhar o nosso eixo magnético, equilibrando o fluxo energético e melhorando a percepção espiritual, o que facilita a comunicação com o plano astral.
Sendo assim, é altamente aconselhável utilizar o azeite, principalmente quando consagrado ou cruzado por um Guia Espiritual, antes de um desenvolvimento mediúnico ou de uma gira. Também é muito indicado no caso de dores no corpo, dores de cabeça e pancadas, principalmente aquelas que aparecem em nosso corpo misteriosamente. Sua utilização se potencializa com o acréscimo de outros elementos como pedras, minerais, vegetais, raízes, energia solar, lunar etc, uma vez que, com esses elementos adicionados, o azeite tem seu poder de ação ampliado.
O azeite também pode ser usado nos ambientes como, por exemplo, em batentes de portas e janelas, embaixo da cama, na soleira da entrada da casa, na mesa do escritório etc. A forma apropriada de usar o azeite nesses pontos é fazendo o sinal da cruz criando campos de força que geram uma tela de proteção capaz de absorver e diluir todo e qualquer negativismo que passar por ela, além de fechar buracos energéticos e portais magísticos negativos.
Como viram, o azeite de oliva é bastante importante e uma maravilhosa ferramenta de trabalho para os Guias Espirituais. Não deixem de utilizar este poderoso elemento apenas por falta de conhecimento. Busquem, procurem, estudem e façam a diferença pela Umbanda, com fundamento, é claro!
*********************************************************************************

 
E O AZEITE DE DENDÊ?
Produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como dendezeiro é originário da Costa Ocidental da África, mais precisamente do Golfo da Guiné, sendo encontrado desde Senegal até Angola. O dendezeiro é conhecido também como palmeira de óleo africana, aavora, palma de guiné, palmeira dendém, coqueiro de dendê e demdem (em Angola). Chega a 15 m de altura, seus frutos são de cor alaranjada e a semente ocupa totalmente o fruto.
As primeiras sementes de dendezeiro foram trazidas para o Brasil há mais de 3 séculos pelos escravos africanos e se adaptaram bem ao clima tropical. Câmara Cascudo afirma que “como era costume na África, rara seria a iguaria negra sem a participação do azeite de dendê”, assim, juntamente com outras iguarias importantes como as bananas, os quiabos, os inhames, o coco e as especiarias como a erva doce, o gergelim e algumas pimentas, veio o dendê, tornando-se indispensável na culinária afro-brasileira.
O óleo de dendê é fonte natural de vitamina E e é riquíssimo em vitamina A. Tem 21 vezes mais vitamina A que a laranja, 400 vezes mais que o tomate e 14 vezes mais que a cenoura, por isso é tão vermelho. Quando o azeite é aquecido a vitamina A é destruída e o óleo fica branco. O rendimento do dendê é muito grande, produz 10 vezes mais óleo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco. Faz muito bem à saúde, afirmam os especialistas. Da amêndoa de seu fruto se extrai um óleo usado em cosmética, na fabricação de chocolate substituindo a manteiga de cacau e ainda é utilizado na indústria de maioneses e margarinas.
No Candomblé a palmeira de dendê é uma árvore Sagrada, seu óleo é muito utilizado nas Comidas de Orixás e o coquinho é usado em um dos Oráculos de Ifá.

DENDEZEIRO.

 
COQUINHO DE DENDÊ.

Na Umbanda representa a SABEDORIA ANCESTRAL trazida pelos negros da África. Representa FORÇA, ENERGIA , VIDA , SABOR e FEITIÇO. O azeite dendê tem a característica de “erva quente”, ou seja, tem energia agressiva , ativa e quando aquecido torna-se mais agitado, portanto precisa ser usado com critério.
Utilizamos o óleo de dendê nas oferendas, principalmente para a Esquerda, com a função de desagregar qualquer tipo de carga ou energia negativa. Com os coquinhos de dendê pode-se fazer guias que, após serem imantadas e consagradas pelos baianos, boiadeiros e até pelos caboclos, se tornarão fantásticos instrumentos de trabalho e de proteção, pois são símbolos da Sabedoria trazida dos negros africanos.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lavagem de escadaria não terá missa na Igreja Matriz


Quem já estava acostumado desde 2002 a presenciar, a cada 30 de dezembro, os adeptos do candomblé nas primeiras fileiras da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária, em Corumbá, durante a missa que celebrava o ano que se encerrava e pedia proteção para o que começava, não verá mais essa cena a não ser em registros de imagens de anos anteriores. Uma orientação da Diocese de Corumbá não permite mais esse tipo de celebração em nenhuma igreja católica da cidade. Foi o que afirmou em entrevista ao Diário, o bispo diocesano Dom Martinez Alavarez.
Segundo ele, a decisão foi tomada com base em uma consulta realizada com fiéis da Igreja Matriz que são contrários à celebração, que tem por característica abrir as portas do espaço religioso para os adeptos das religiões de matrizes africanas. De acordo com a autoridade eclesiástica local, a decisão baseia-se numa questão teológica que envolve as duas religiões. Ainda segundo Dom Martinez, a também já tradicional lavagem das escadarias da igreja poderá ser realizada, mas de um jeito diferente: com as portas fechadas.

"Os fiéis foram de opinião contrária não à lavagem das escadarias, que podem continuar lavando não somente dia 30, mas quando quiserem. Mas à participação simultânea da eucaristia, a comunidade é contrária. Por quê? Muito simples, a eucaristia é comunhão profunda entre aqueles que lá estão presentes com Cristo. Agora, com as religiões de cunho africano, a comunhão conosco não chegou ao ponto de compartir a eucaristia. Não é que haja animosidade, em absoluto, mas nosso nível de comunhão ainda não é tão profundo para podermos compartir a eucaristia que, para nós, é momento de comunhão mais profundo dentro da igreja católica", explicou.

Dom Martinez foi firme em dizer que a orientação é válida para todas as paróquias e não somente para este ano, e que deve ser encarada para toda decisão daqui para frente. Questionado pela reportagem se poderia haver uma possibilidade de a orientação ser desfeita, ele foi enfático e disse que não. "Não vai ser alterado, a Prefeitura já está informada sobre isso, a Secretaria de Turismo já foi informada. A escadaria continua lá, mas a Catedral estará fechada, estará de portas fechadas na hora da lavagem", reforçou.

A notícia pegou de surpresa o babalorixá Zazelakum, Clemílson Pereira Medina, que realiza desde 2002, o ritual da lavagem das escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Candelária. Ele, que estava em viagem com destino à Brasília, conversou com a reportagem deste Diário e classificou a atitude como um retrocesso. "Viemos nesses anos num trabalho que busca unificar as religiões com o propósito comum de buscar a Deus e, principalmente, nessa época do ano quando todos estamos falando em união, nós não esperávamos por isso", declarou o babalorixá que é presidente da Acorema (Associação Corumbaense das Religiões de Matrizes Africanas do Pantanal e Região) e também delegado das religiões de matrizes sul-africanas do Centro-Oeste.

Ele ressaltou ainda que a realização da missa e da lavagem da escadaria ao longo de quase 10 anos, colocaram Corumbá em destaque nacional. "Nossa cidade era vista como um exemplo de comunhão entre as religiões, recebia elogios não somente aqui no Estado, mas no país, já que somos depois de Salvador (capital baiana), a única cidade a realizar esses rituais. Quem não tinha oportunidade de ir à Bahia, vinha para Corumbá, ver e participar desses momentos dentro e fora da igreja", afirmou o religioso.

O babalorixá Zazelakum retorna dia 20 para a cidade quando deve convocar uma reunião com os adeptos do candomblé para discutir como irão atuar nos rituais este ano, porém afirmou que, mesmo com as portas da igreja Matriz fechadas, os religiosos irão lavar as escadarias.

Apesar da posição já definida pela Diocese de Corumbá, o babalorixá pede que as autoridades religiosas católicas, tenham "sensibilidade para a questão que, hoje, já agregou outros pontos relevantes como, por exemplo, ter entrado para o calendário de eventos da cidade".

Na Bahia

Os estudiosos de mitologia negra dizem que a Lavagem do Bonfim é uma cerimônia que tem origem na África, em homenagem à divindade yorubá Oxalá, entretanto há controvérsia em relação à origem religiosa da festa.

Câmara Cascudo acha que na Festa do Bonfim há convergência de dezenas de festas tradicionais da Europa e da África. Roger Bastide observa que a cerimônia não é de origem africana, pois já existia em Portugal. Teria sido difundida no Brasil por um português combatente na Guerra do Paraguai que fizera o voto de, caso não morresse, lavar o átrio do Senhor do Bonfim. Os negros baianos transformaram a lavagem em uma festa sincrética ao catolicismo e ao candomblé.

Pelo fato de ultrapassar os limites da liturgia católica, a Lavagem do Bonfim chegou a ser proibida pelo Arcebispo da Bahia e impedida de ser realizada pela Força Pública de Salvador no ano de 1890. As baianas então começaram a lavar as escadarias com água de cheiro como símbolo da purificação da igreja. No candomblé, o Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá. O branco, de uso quase obrigatório na Lavagem, é uma menção direta ao pai de todos os orixás.


Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

EVANGELICA MATA E ESQUARTEJA OS PAIS EM "NOME DE DEUS"

Uma jovem de 24 anos assassinou dois idosos, seus pais adotivos, e ainda esquartejou seus corpos na manhã deste domingo, em Timon (MA).
Segundo a Polícia, Lineusa Rodrigues da Silva teria matado Joana Borges da Silva e Lourival Rodrigues da Silva porque eles se recusaram a dar dinheiro a ela. O crime ocorreu por volta das 8 horas da manhã, na Vila Angélica, na cidade maranhense.
Um machado e um pedaço de pau foram os instrumentos utilizados no duplo homicídio.
Ao prestar depoimento à delegada Wládia, da Central de Flagrantes de Timon, a acusada declarou que precisava do dinheiro para pagar o dízimo de sua igreja.
O crime foi considerado pelos próprios policiais como “selvagem e bárbaro”. O corpo do pai foi encontrado com a face achatada por um golpe de machado na sala, da residência onde os três moravam juntos, na Vila Angélica.
A mãe, que é cadeirante e estava deitada, não pode se defender, das facadas que a filha desferiu. Dona Joana teve o tórax aberto pelo serrote.


Mulher matou os pais por recusarem dinheiro para o dízimo
Segundo vizinhos, Lineusa é evangélica fanática e possui distúrbios mentais.
O crime chocou a cidade de Timon neste final de semana. Segundo a delegada, o pastor da igreja Universal será investigado.
De acordo com a delegada Wládia Holanda, que recebeu o caso na Central de Flagrantes, disse que Lineuza teria cometido o duplo homicídio qualificado por fanatismo religioso. “Ela teria débitos de dízimos da Igreja Universal e extorquia os pais para pagá-los, como eles se negaram, era teria praticamente premeditado o crime”, destaca a delegada.
A delegada confirmou ainda que a acusada apresenta indícios de que tenha problemas mentais. “Só um médico pode atestar concretamente. Como o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios, o delegado de lá pode pedir o exame de sanidade mental”, explicou Wládia Holanda.
Ela afirmou que além da acusada, outras pessoas também prestaram depoimentos. E o pastor da Igreja, que já foi identificado, também será investigado.
O crime foi considerado pelos próprios policiais como “selvagem e bárbaro”. O corpo do pai foi encontrado com a face achatada por um golpe de machado na sala, da residência onde os três moravam juntos, na Vila Angélica. A mãe, que é cadeirante e estava deitada, não pode se defender, das facadas que a filha desferiu. Dona Joana teve o tórax aberto pelo serrote.
Lineuza ainda mutilou os corpos, cortando braços e pernas dos pais. O crime aconteceu na madrugada, mas os vizinhos só encontraram os idosos por volta das 9 horas. A estudante que havia fugido, foi encontrada pouco tempo depois pela polícia.



Material utilizado.


Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Leia, você vai gostar!!


Livro A Colônia de Maria

" Esta obra veio para quebrar todo tipo de preconceito e visão errônia que estas mulheres sofrem... Abra seu coração e assim este maravilhoso portal se abrirá, deixando que você conheça um pouquinho deste mundo através dos olhos de Maria Madalena."
Neste livro Maria Madalena mostra-nos um pouco da Colônia de Maria Padilha e como são realizados os trabalhos destas mulheres conhecidas como Pomba-Giras - mulheres sofridas, guerreiras e que pagam um preço muito alto por amar demais. Esta obra veio para quebrar todo tipo de preconceito e visão errônea que estas mulheres sofrem. Quisera eu poder um dia caminhar ao lado de Maria Padilha em seu lindo jardim de rosas vermelhas, e sentir o tamanho do amor que esta Pomba-Gira carrega em seu peito e trasmite às mulheres que são acolhidas em sua Colônia sem qualquer tipo de julgamento. Abra seu coração e assim este maravilhoso portal se abrirá, deixando que você conheça um pouquinho deste mundo através dos olhos de Maria Madalena.
Como tudo começou… Tudo começou em uma noite, quando sem saber se estava dormindo ou acordada escutei passos na escada, aliás, saltos… rsrsrs … Seguindo em direção ao meu quarto. Pensei até que era uma de minhas filhas, mas pelo horário me espantei, pois achei que elas já estavam dormindo, então pensei: – Amanhã quero saber quem estava andando em direção a meu quarto, e ainda de salto alto, fazendo aquele barulho todo! Mas aquele barulho não passava; cada vez mais se aproximava de mim e foi quando pude ver uma linda jovem aproximando-se e colocando as mãos na cintura, me dizendo: – Vamos trabalhar? E assim foi entrando no banheiro do meu quarto e lavou suas mãos. Esta jovem é Maria Madalena. No dia seguinte tive a certeza de que era mesmo um sonho, e contei a minhas filhas, mas isso não saia da minha cabeça e passaram-se dias, até que eu acabei ignorando por parecer ser algo “nada mais que um sonho” e não acreditar em ser uma comunicação, pois assumir mais uma responsabilidade estava fora de cogitação. Então, mais uma vez fui acordada com uma linda moça sentada ao meu lado, na minha cama, e esta, eu não tive a menor duvida de quem era, e ela sorrindo me disse: – Querida, vamos trabalhar? Lembra-se do que combinamos? Eu vou lhe explicar por que temos que trabalhar. E assim, começou mais um trabalho com Maria Padilha e Maria Madalena, e eu, acabei me entregando a esta maravilhosa obra, claro que com muito medo, mas aos poucos acabei me entregando por completo as maravilhas de poder caminhar na “Colônia de Maria”. Será um Sonho? Não quero mais acordar e sim poder ser um instrumento de quantas obras me for confiada. Obrigada queridas amigas! Que a luz de Deus seja sempre sua estrela guia!
Elaine Paceli 

Editado  por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Todas as saudações para NOSSA MÃE YÊMANJÁ!!

Outeiro: 30 mil pessoas para saudar Iemanjá.

Cerca de 30 mil pessoas são esperadas para o 40º Festival de Iemanjá. A grande celebração será nesta quarta-feira (7), na orla da Praia Grande, em Outeiro. Outra cerimônia acontece na Aldeia Cabana, na Pedreira, no início da noite.

“Como neste ano a comemoração será realizada no meio da semana, muitas pessoas não vão poder ir a Outeiro, por isso um padre vai realizar uma celebração na Aldeia Amazônica antes de irmos para o distrito”, diz o presidente da União Religiosa dos Cultos Umbandistas e Afro-Brasileiros do Estado do Pará (Urcabep), o tenente coronel PM Itacy Domingues.

São esperados, a partir das 18h, ônibus, vans, kombis e outros veículos levando praticantes de diversas religiões para as homenagens na Aldeia. Depois da missa, será o momento de um pequeno ritual de umbanda. Às 21h, os participantes seguirão em rodo-romaria com as imagens de Nossa senhora da Conceição e Iemanjá até Outeiro.

Na Praia Grande, será montada uma arquibancada com capacidade para mil pessoas. O Coronel Itacy destaca que em anos anteriores o festival chegou a atingir cerca de 70 mil pessoas, porém este ano, como o festival cairá no meio da semana, a expectativa é bem mais modesta.

Cerca de 80 templos vão participar da celebração até a meia-noite, quando, nas primeiras águas do dia 8, data dedicada a Nossa Senhora da Conceição e, tradicionalmente, de homenagens a Iemanjá, as oferendas serão entregues ao mar pelos participantes ou através dos santos mediúnicos que estarão nos barcos fretados pela organização, que receberão e ofertarão os objetos, alimentos, ou qualquer outro agradecimento em intenção as graças alcançadas.

Apesar de reunir uma grande quantidade de pessoas, a organização do evento ainda enfrenta muitas dificuldades na realização das celebrações a Iemanjá. De acordo com Coronel Itacy, por se tratar de um evento religioso e cultural, o festival deveria constar no calendário oficial de eventos do Estado. “Assim como o carnaval, a quadra junina e muitos outros eventos culturais que possibilitam a reunião de muitas pessoas e que possuem uma previsibilidade, um valor destinado para a realização desses eventos, também deveríamos contar com esse apoio. Assim não comprometeríamos salários, nem atrasaríamos pagamentos. Esse evento já se perpetuou, ele não pode deixar de acontecer”, explica.

O SINCRETISMO

Iemanjá é homenageada em datas diferentes pelos Umbandistas no Brasil. As mais comuns são o dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, e 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Isso acontece porque, quando os povos africanos foram trazidos para o Brasil, não podiam realizar seus cultos, e passaram a homenagear seus deuses na figura dos santos católicos.

(Diário do Pará)
............................................................................................................................

Prefeitura de Caravelas convida a todos para o cortejo de Yemanjá

Odô Yá…Yemanjá! Salve a Rainha do mar!

A Prefeitura de Caravelas convida você e sua família para acompanharem o cortejo de Marujadas pelas ruas Barão do Rio Branco e 7 de Setembro a partir das 8h às 9h. Saída do Píer para o cortejo marítimo pelo Rio Caravelas até a Praia do Pontal do Sul, local onde acontecem os ritos e a entrega de oferendas à Mãe Yemanjá.
O evento é organizado pela Secretaria de Cultura com o apoio da Prefeitura Municipal de Caravelas.
Administração do prefeito Loló.
Governo Juntos e Construindo Uma Nova História.
....................................................................................

Nosso blog sempre "de olho na noticia". Kasuadosaxesdbabaode.blogspot.com
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O fenômeno da morte explicado pelo Grupo Espírita Bezerra de Menezes


São 12 (doze) perguntas feitas por leitores do nosso blog e respondidas pelo Grupo sobre o fenômeno da morte.

1- O que acontece com o nosso Espírito quando morremos?
Continuamos com nossa individualidade, isto é, teremos os mesmos conhecimentos, qualidades e defeitos que tivemos em vida. A morte não nos livra das imperfeições. Seguiremos pensando da mesma forma. Nosso Espírito será atraído vibratoriamente para regiões astrais com que se afiniza moralmente. Se formos excessivamente apegados à vida material, ficaremos presos ao mundo terreno, acreditando que ainda estamos fazendo parte dele. Essa situação perdurará por certo tempo, até que ocorra naturalmente um descondicionamento psíquico. A partir desse ponto, o Espírito será conduzido às colônias espirituais, onde receberá instrução para mais tarde retornar à carne.

2-Todos os Espíritos podem se comunicar logo após sua morte?
Sim, pelo menos teoricamente, todos os Espíritos podem se comunicar após a morte do corpo físico. Porém, a Doutrina Espírita nos ensina que o Espírito sofre uma espécie de perturbação (que nada tem ver com desequilíbrio) que pode demorar de horas até anos, dependendo do tipo de vida que tenha tido na Terra e do gênero de sua morte. Os Espíritos que são desprendidos da matéria desde a vida terrena, tomam consciência de que estão fazendo parte da vida espírita bem cedo, porém aqueles que viveram preocupados apenas com seu lado material permanecem no estado de ignorância por longo tempo. Dado o pouco adiantamento espiritual dos habitantes do planeta, pode-se concluir que as mensagens mediúnicas creditadas a pessoas famosas que desencarnam precocemente, não merecem credibilidade.

3- O que acontece com os recém-nascidos que logo morrem? E por que isto acontece?
O Espírito de criança morta em tenra idade recomeça outra existência normalmente. O desencarne de recém-nascidos, freqüentemente, trata-se de prova para os pais, pois o Espírito não tem consciência do que ocorre. A maioria dessas mortes, entretanto, é por conta da imperfeição da matéria.

4- Se uma criança desencarna de acidente na idade de 11 anos, ela é socorrida pelos Espíritos na mesma hora?
Os desencarnes súbitos, de uma forma geral, são muito traumáticos para o Espírito. Allan Kardec diz que no processo de desencarne, todos sofrem uma espécie de "perturbação espiritual", que pode variar de algumas horas a anos, dependendo da evolução de cada um. Nos desencarnes convencionais geralmente os Espíritos permanecem sem consciência do que lhe aconteceu por um certo tempo e, se têm merecimento, são recolhidos às colônias socorristas existentes próximas da crosta terrena. Ali são devidamente atendidos. Nos casos de desencarne de crianças, suspeita-se que sejam atendidas de imediato pela Espiritualidade, em função de estarem num estado psíquico especial, próprio da infância. Não estando de posse de todas as suas faculdades, não seria lógico admitir que ficassem em estado de sofrimento por causa dos atos da vida. Claro, a responsabilidade aumenta na medida em que a maturidade avança, criando condições para o Espírito ficar em estado de sofrimento por um tempo mais longo, se for necessário. Não há uma idade definida, que marque o início da fase adulta, assim como não há um ponto definido que separe o dia da noite. Em determinado período se confundem, mas acabam se definindo a seguir. De uma maneira geral, pode-se concluir que todos os Espíritos que desencarnam em fase infantil são imediatamente atendidos pela Espiritualidade.

5- Porque pessoas jovens, boas, desencarnam prematuramente, enquanto há pessoas más que vivem por muitos anos?
Se olharmos as coisas dentro da ótica materialista, certamente não encontraremos resposta para esta delicada questão. Se, no entanto, partirmos do princípio que somos seres imortais e que estamos em uma escalada evolutiva em direção à perfeição, compreenderemos com facilidade que a vida terrena é apenas parte desse processo. A verdadeira vida é a espiritual e quando encarnados cumpre-se as etapas necessárias ao aprimoramento do Espírito imortal. As diferenças existentes entre as pessoas são as várias etapas em que o Espírito se encontra em termos de evolução. O viver muitos anos, portanto, é muito relativo. A vida terrena é a escola que a criatura precisa para se aprimorar e o tempo que deve demorar aqui depende de sua necessidade. Os Espíritos bons, geralmente necessitam mesmo de menos tempo.

6- Uma criança, quando desencarna, seu Espírito terá a mesma idade que ela tinha, quando era encarnada?
Sim, dependendo no entanto de sua maturidade espiritual. O Espírito, quando desencarna, permanece com os mesmos condicionamentos mentais que tinha na Terra, até que se conscientize de sua real situação. Permanecerá em estado de criança ou de adolescente, por um determinado tempo, dependendo de sua evolução, ou seja, de seu grau de entendimento, até que adquira plena consciência de sua condição e de suas necessidades. Isso, geralmente acontece com Espíritos que ainda estão em situação de pouca evolução espiritual. Por isso, nas colônias socorristas próximas à crosta terrestre, encontram-se Espíritos em condição de crianças e adolescentes. Deve-se saber, entretanto, que esta situação perdura apenas por um determinado período.

7- Quando uma pessoa morre de morte acidental, por exemplo por afogamento, e ainda é muito jovem (18 anos) como fica o seu Espírito?
Todas as pessoas, ao desencarnarem, passam por um período mais ou menos longo de perturbação espiritual, podendo durar de algumas horas a anos, dependendo de seu grau evolutivo. Quando o Espírito é muito jovem, e certamente experimenta uma vida de muita atividade, pode permanecer sem entender sua situação por um tempo, como pode ser logo socorrido pelos Espíritos amigos que trabalham nessa área. Isso vai depender do seu merecimento. Se permanecer revoltado por ter retornado cedo, criará para si um ambiente vibratório ruim, que o levará a experimentar grandes dores morais nas zonas de sofrimento.

8- Os Espíritos ao desencarnarem conservariam intacta suas auras externas ? Seriam ainda emanações de seu perispírito?
Aura é um termo utilizado no meio espírita, originada do esoterismo, e se refere à atmosfera fluídica criada em torno da pessoa pelas emanações energéticas do seu corpo espiritual. Allan Kardec não deu atenção a isso na Codificação, por se tratar de assunto de pouca importância para a compreensão da ciência dos fluidos. A "aura" nada mais é do que um efeito, causado pela irradiação íntima do Espírito. Não, a "aura" não é uma emanação do perispírito que, por si mesmo, nada é, a não ser uma massa fluídica estruturada pelo Espírito com sua projeção interior, para se manifestar no mundo exterior.

9- Quando desencarnamos, sendo levados para as colônias socorristas, teria como nossos entes queridos ficarem sabendo em qual delas nos encontramos?
Se forem entes desencarnados, isso dependerá da afinidade espiritual existente entre o nosso Espírito e os deles. Também se deverá levar em conta a condição evolutiva de cada um. Se são pessoas muito diferentes em moralidade, certamente irão para lugares distintos. Os mais atrasados podem desconhecer onde estão os mais adiantados. Os que nos precederam, dependendo de suas condições espirituais, poderão nos amparar no momento do desencarne e, evidentemente, saber para onde vamos.
Se a informação refere-se aos entes que ficaram no mundo material, eles poderão saber as condições do Espírito desencarnado, ou o lugar onde se encontra, evocando-o numa sessão prática de Espiritismo feita por grupos sérios.

10- O que acontece ao nosso anjo da guarda quando desencarnamos?
O anjo de guarda é um Espírito protetor de uma ordem elevada que Deus, por sua imensa bondade, coloca ao nosso lado, para nos proteger, nos aconselhar e nos sustentar nas lutas da vida. Cumprem uma missão que pode ser prazerosa para uns e penosa para outros, quando seus protegidos não os ouvem seus conselhos.
Quando desencarnamos, ele também nos ampara e freqüentemente o reconhecemos, pois, na verdade, o conhecemos antes de mergulhar na carne. Claro que tudo depende da condição evolutiva da pessoa em questão. O anjo da guarda poderá também nos guiar em outras experiências, por muitos e muitos tempos.

11- Todos os Espíritos sem exceção, mesmo os sofredores, podem conhecer a intimidade dos nossos pensamentos?
Para os Espíritos nada há que seja escondido. O pensamento é a forma de comunicação no plano invisível. Quando se emite um pensamento, ele impregna o ambiente e logicamente os que estão na dimensão espiritual o captam com facilidade. Quanto a conhecer na intimidade o que vai na alma de cada um, depende do estado mais ou menos lúcido do desencarnado em questão e ainda de suas condições morais. Como regra geral, pode-se afirmar que uma natureza má simpatiza com uma natureza má que lhe conhece a intimidade. Assim também é com os bons Espíritos. Os Espíritos sofredores podem estar passando por um período de perturbação (mais ou menos longo, conforme o caso) e não se encontrarem em condições de sondar a intimidade daqueles com quem tinham relações. Porém, não deixam de sofrer as influências vibratórias das coisas boas ou ruins que forem feitas por essas pessoas.

12- É possível, mesmo a pessoas menos esclarecidas, a comunicação com entes desencarnados a que foram intimamente ligados na Terra, e dos quais sentem muitas saudades?
Sim é possível, pois o intercâmbio entre os dois mundos é muito fácil e comum. Mas deve-se ter muito cuidado com as comunicações ditas de parentes desencarnados, pois como se sabe, embora a mediunidade seja um fator ligado à potencialidade orgânica, o uso que se faz dela depende da moral do médium. Muitas vezes não há como identificar se aquela comunicação é autêntica, principalmente se é dada por médiuns sem preparo para a tarefa. Freqüentemente ligam-se a esses, Espíritos enganadores que se comprazem em brincar com a dor alheia, ou então que querem estimular o ego do médium, emprestando a este uma importância que não tem.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Pelo: Grupo Espírita Bezerra de Menezes.

domingo, 27 de novembro de 2011

As pedras e os animais de cada Orixá...

Cada Orixá tem suas pedras preciosas, hoje fazemos um post sobre as principais pedras condizentes a cada um. Assim como os metais, adquirir uma pedra bruta, lapidada ou mesmo como pingente de seu orixá e carregar sempre consigo. ajuda a manter a ligação energética com ele. Sempre lembrando que ela deve ser levada ao terreiro para imantação e cruzamento e usada conforme determinação da entidade chefe.

Oxalá - Quartzo branco
Iemanjá - Água marinha
Oxum - Safira 
Iansã - Citrino
Xangô - Cornalina
Ogum - Rubi
Nanã - Ametista
Oxóssi - Jade
Obaluaiê - Ônix
Ibeji - Turmalina rosa
Exu - Ágata.

Recebi alguns e-mails com dúvidas quanto a esse assunto e esta semana resolvi atende-los. Lembrem-se que a Umbanda não faz sacrifícios de espécie alguma, portanto, a lista abaixo é composta por animais que, energeticamente  combinam com o reino de atuação de cada orixá. São considerados amuletos de cada um deles e nada tem a ver com os trabalhos realizados nos terreiros. Vale pelo aprendizado de sabermos que se nossa fé é relacionada às forças da natureza os animais não poderiam ficar de fora.

Oxalá – Carneiro
Iemanjá – Peixe
Oxóssi – Pavão
Obaluaiê – Cachorro
Ogum – Cavalo
Oxum – Canário
Nanã – Rã
Iansã – Borboleta
Xangô – Leão, tartaruga
Exu – Gato
Ibeji – Coelho.

Obs.; Tanto as pedras e os animais aqui exposto, não segue como uma regra para todas as Casas de Axés, cada uma tem a sua regra o que vale mesmo é ouvir o que pede o seu Orixá!

Editado por Mãe Polly d'Yêmanjá.
Do blog do amigo; Luiz Carlos Pereira.

A Umbanda e suas imantações... a água.


A água é o elemento primordial de muitas entregas e rituais preparados na Umbanda. É muito comum ouvirmos nos terreiros que sete águas serão usadas para determinado fundamento. Listo abaixo os oito tipos mais comuns e suas respectivas imantações energéticas. Eu sei você vai se perguntar, como assim oito? Explico: Dentre elas está o orvalho que, por ser muito delicado e conseguido apenas em porções mínimas é normalmente substituído pela oitava. 
Pedra Imantação de Xangô. Água retida em saliências entre pedras. Utilizada para atração de força física, disposição, boa-vontade e sabedoria.
Mar Imantação de Iemanjá. Imã de energias negativas, anti-séptico e cicatrizante. Atrai fertilidade, calma e harmonia.
Mina Imantação de Oxum e Nanã. Atrai força, vitalidade e boas vibrações por isso é bastante indicada para firmeza das quartinhas de assentamentos.

Chuva Imantação de Nanã e Oxum. Descarrega, limpa e purifica. Muito usada para fundamentar quatrilhões de porteiras. 

Cachoeira Imantação de Oxum e Xangô. Trabalha os sentimentos atraindo alegria, jovialidade e saúde.

Rio Imantação de Oxum. Traz determinação e garra. Atrai bons pensamentos e pureza de sentimentos.

Poço Imantação de Nanã - Trabalha a resistência e a força mental. Atrai sabedoria e paciência. 
Orvalho Imantação de Oxalá. Deve ser recolhido das folhas, ao amanhecer. Utilizada para atração de calma, paciência e fecundidade.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

O Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé, esteve presente na inauguração do forno no Muquém - União dos Palmares/ Al.

Numa noite de Quinta-feira fomos chamados para benzer o forno que irá cozinhar todos os trabalhos cerâmicos produzido pelo Muquém. Chamados pela Presidenta da Associação Àdapo, Maria das Dores carinhosamente chamada de Dorinha, logo garantimos a presença e as bençãos e tudo foi muito bonito e nós do Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé, desejamos muitas coisas boas abençoadas pelas mãos de Oxalá, de Mãe Nanã e dos Pretos Velhos. 
Axé!
Pai Sérgio Tatá d'Odé, Mãe Polly d'Yêmanjá e Abyã Joelma.









Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

domingo, 20 de novembro de 2011

Vamos nos unir!!

sábado, 28 de Abril de 2012
Hora: 12:00 até 18:00
http://marchadoaxe.com.br/images/stories/marcha_2012.jpg

Descrição 
CONVITE - QUAL O TAMANHO DA SUA FÉ! SERÁ QUE NÃO PODEMOS DEIXAR RESERVADO UM DIA DA NOSSA VIDA PARA CONSTRUIR UMA UNIDADE E REALIZAR UM EVENTO ONDE POSSAMOS MOSTRAR QUEM SOMOS E O QUE PRATICAMOS? ENTÃO... Se você é da Umbanda, Candomblé, Catimbó, Jurema, Espiritualista e espíritas em geral, Capoeira, Afoxé, Samba e Maculele deve participar da mobilização e estar presente.

Você que se sente "interditado", excluído, marginalizado, silenciado, perseguido, vilipendiado, assustado, receoso e desamparado nos seus direitos sociais e na sua liberdade religiosa por conta das ações e praticas das religiões eletrônicas neo pentecostais corrupta, que usa do poder financeiro, político e estrutural para querer impor sua visão religiosa e nos privar de tudo que é nosso por direito. Deve apoiar e participar.

VOCE PODE FAZER A DIFERENÇA. NESTA LUTA POR NOSSOS DIREITOS!

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.


Uma das histórias de Exú Marabô.



O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas.
Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!
Obs.: A Falange do Exu Marabô é formada por inúmeros falangeiros que levam seu nome e esta é apenas uma das muitas histórias que eles têm para nos contar.

Editado Por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Fuja disso... cuidado!!


Todos os dias vejo muitas placas com esse tipo de informação. Hoje, porém, uma bem em frente ao ponto de ônibus, me chamou especialmente a atenção, dizia ela: 
"Mãe Cotinha D’Oxum, recém-chegada da Itália, com cinqüenta anos de Umbanda, respeitabilidade e confiança. Traz seu amor de volta em 24 horas. Amarrações em três dias. Trabalhos infalíveis".
É essencial que seja explicado a você que se sentiu tentado a procurar a tal senhora, o quanto esse tipo de chamado é mentiroso e esconde segundas intenções que fatalmente atingirão seu talão de cheques em cheio. Se ela realmente tem o poder enunciado, com absoluta certeza não é da religião que apregoa. Na Umbanda esse tipo de trabalho é rigorosamente proibido, temos como regra jamais fazer nada que possa interferir no livre arbítrio de alguém e nada pode atingi-lo mais que uma amarração. Procurar alguém que faz esses anúncios pode levá-lo a envolver-se com baixa magia, ficando a mercê de espíritos trevosos que são os únicos dispostos a fazer algo do gênero. Deixe a vida correr normalmente, não se desespere para conseguir algo que não é seu de direito. Reflita sobre o quanto valem algumas semanas de falsa felicidade, comparadas a anos passados ao lado de alguém que já não significa nada para você. Pois é exatamente isso o que acontece quando se tenta amarrar alguém, o máximo a se conseguir será a companhia, o amor nunca. Estando amarrada, a pessoa ficará eternamente ao seu lado, mesmo que no íntimo desespere-se com a situação. Nesse ponto você passará a ocupar a vaga de ser mais odioso do planeta, na visão do amarrado. Ao mesmo tempo um novo amor que surja em sua vida – e que talvez seja o verdadeiro – estará totalmente fora de se alcance. Será que vale a pena? Gastar muito dinheiro, conseguir alguém por um curto período e ficar preso pelo resto da vida a alguém que afinal nem era o que se pensava? Tomar contato com espíritos de confiabilidade baixa e temperamentos duvidosos? Perder o grande amor que pode surgir quando já não puder voltar atrás? Eu mesma respondo. Não! 
Fujam das madames, "mães" e "pais" encontrados em qualquer poste, mesmo que tenham passado pela Itália, França e Bahia (eles insistem nesses três) a não ser que faça questão de ignorar tudo que tentei explicar neste pequeno espaço. E se mesmo lendo tudo isto preferir procurar um desses anunciantes, tudo bem, siga seu livre arbítrio.


Do blog: A Umbanda como ela é!

Está chegando o dia de Yansã!!

Dia quatro de Dezembro é dia da deusa protetora do ar e das ventanias e tempestades!! Êparrey Yansã!!

Que Oya nos abençoe neste dia... 
Êparrey Yansã minha mãe.... 
Êparrey Yansã... 

"Para onde vai a minha vida e quem a leva? 
Porque eu faço sempre o que não queria? 
Que destino contínuo se passa em mim na treva? 
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?" 
(Maria Bethania) 

Orixá feminino, filha de Oxalá e Yêmanjá, Rainha dos ventos e das tempestades, deusa dos relâmpagos, temperamental, autoritária, Iansã sabe fazer prevalecer a sua vontade, sabe defender o que é seu e sabe demonstrar todo o seu grande amor e alegria. O devoto tem de estar convicto da sua crença, nunca pestanejar no culto desta Deusa magnífica. 
Yansã jamais abandona os seus filhos, lutando como um tigre para protegê-los de todos os males, além de ser incentivadora dos estudos, invenções, pesquisas científicas e das artes. 
No sincretismo religioso, Yansã é representada por Santa Bárbara, quando se manifesta como Yansã-Oiá, ou por Santa Joana D'Arc, quando se manifesta como Yansã de Balê (ou seja, do fogo), Yansã-Funã sincretizada como Santa Maria Madalena. 
Na Umbanda, sua cor é amarelo, coral em alguns terreiros, também o azul, usado em toalhas, guias, roupas, enfeites e outros haveres, aceitam velas azuis-claras, vermelhas e brancas, no Candomblé, é o vermelho. Suas insígnias são o cálice, a espada e o leque. 
Seus cânticos, geralmente, demonstram autoridade, independência, poder de decisão, em seus pontos é comum fazer referências a Xangô (seu esposo), devido a ser fiel propagadora dos idéias de justiça do Orixá Xangô. 
Nas giras, nos terreiros, os médiuns incorporados, executam uma dança expansiva, ficam com atitudes elegantes, gestos ativos, ocupando amplo espaço, girando, tornando-se o centro das atenções do terreiro. 
O dia consagrado a Yansã é a quarta-feira, seu mês é o de Dezembro, seu elemento é o vento, seus domínios são os ventos e as tempestades. 
O local de entrega de obrigações podem ser junto ás oferendas de Xangô, poderá ser no alto de pedreiras, ou perto de bambuzais ou beira de cachoeiras, longe da queda d'água.

Editado por: MãePolly d'Yêmanjá.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amanhã a Umbanda está em festa!


Terça, 15 de Novembro · 00:00 - 09:30

Participação: Todo o Mundo

No dia da Umbanda, acenda uma vela branca, pedindo aos Orixás para que vibrem o amor, harmonia e a paz no coração de cada ser humano. Simbolizando também a união de todos os Umbandistas e simpatizantes da Umbanda no mundo inteiro.


Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Salúba Nanã, salúba!!

A Deusa mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição. Conforme a tradição afro-brasileira, Nanã além de ser a mais antiga das divindades, foi também a primeira esposa de Oxalá. A mais velha deusa da água está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência, é capaz de castigar com a intenção de educar. Nas cerimônias da umbanda é conhecida como vovó. As pessoas consideras filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias e introvertidas. Seguras e equilibradas em tudo o que fazem, gostam de ajudar as pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade. Quando precisam desenvolver algum trabalho, mesmo que exija rapidez, sabem usar da paciência como se tivessem todo o tempo do mundo para sua execução.

Dia da Semana: Terça-feira

Saudação: Salubá Nanã!

Cores: Azul escuro, branco ou lilás.

Símbolo: Ibiri

Alimento Principal: Repolho roxo cozido e pipoca

Ciganos são uma classe de espíritos que incorporam nos terreiros de umbanda.

Entidades ciganas.
História pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.

Ossãin, deus das folhas, das ervas!!!

OSSÃIN/ OSSAIM/ OSSÃNIN
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande (ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folhas possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam do panteão Jeje assimilado pelos Nagôs, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.
Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.

Características dos filhos de Ossaim

Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.
São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.
Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.

Dados
DIA: Quinta-feira.
CORES: Verde e Branco.
SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).
DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.
SAUDAÇÃO: Ewé ó!


Joãozinho da Goméia

Nasceu em 27 de março de 1914 em Inhambupe, Bahia. Sua família era católica e chegou a ser coroinha da paróquia de sua cidade. Mas o menino parecia realmente já vir predestinado a vivenciar o mundo das tradições religiosas afro-brasileiras, mesmo antes de se iniciar em uma casa de culto.
Na pequena cidade onde nasceu, distante 153 km da capital, aos 10 anos já demons-trava sua forte personalidade, como bom filho de lansã. Aos 17, deixou a família e rumou para Salvador, onde fez de tudo para sobreviver. No armazém onde trabalhou, conheceu uma senhora que muito lhe ajudou e que considerava como sua madrinha. Foi ela quem o levou ao terreiro de Severiano Manuel de Abreu, que recebia a entidade conhecida como Caboclo Jubiabá.

MESMO CONSCIENTE DA GENEALOGIA E HIERARQUIA DOS DEMAIS TERREIROS, CONSEGUIU IMPOR SUA AUTORIDADE E SE LEGITIMOU AO LONGO DOS ANOS

Uma das muitas histórias que se conta sobre sua iniciação é o fato de Joãozinho sofrer de fortes dores de cabeça sem explicação ou cura por meio da medicina. Assim que se realizou sua feitura, as dores de cabeça cessaram; teriam sido apenas um aviso de que o menino já vinha com o destino traçado pelos Orixás, que cobravam sua iniciação.

Em torno da figura de Joãozinho da Goméia sempre houve muita polêmica; para muitos, que buscavam formas de criticá-lo, sequer teria sido "feito". Mas há filhas-de-santo de Pai Joãozinho que contam todo o seu processo de iniciação. Uma delas, aos 92 anos declarou ao jornal Correio da Bahia que tinha dúvidas de que, se ele fosse vivo, alguém tivesse coragem de contradizê-Io.
1971 MORRE O GRANDE BABALORIXÁ
JOÃOZINHO DA GOMÉIA
O dia em que o Candomblé chorou!

19 de março de 1971 - o dia da semana era sexta-feira, fatídico para alguns, benéfico para outros. O local, Rua General Rondon, 360, bairro Copacabana, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Já passava das nove horas e o relógio em breve faria soar as dez badaladas. De repente, um silêncio se faz sentir; as poucas pessoas que ali se encontravam se entreolham assustadas. Parecem hipnotizadas, presas ao chão. Na face de cada uma, a palidez, o medo.

No enorme galpão, uma imagem de lansã se desprende da parede atrás de uma imponente cadeira. Cai ao chão e a deusa se desfaz em dezenas de pedaços. Um vento frio sopra e redemoinhos se formam levantando poeira; o céu se cobre de nuvens pretas como se vestisse luto, onde antes brilhava o solou se via o azul.
O vento uivante aumenta de intensidade e as pessoas começam a se mexer. Muitos diriam, depois, que os gemidos do vento mais pareciam lamentos de Omolu, o guardião dos cemitérios.
Assustados e talvez adivinhando as razões de tão estranhas manifestações da Mãe Natureza, alguns correm ao pátio: o pé de jurema, a árvore sagrada, começa a murchar, a canjica azeda minutos depois de colocada aos pés do Orixá. Nesse instante todos tiveram conhecimento do que estava ocorrendo e lágrima silenciosas começaram a descer nas faces negras e a molhar as vestes brancas. Os atabaques gemeram e choraram e, no gemido de seu couro, transmitiram ao Céu e à Terra os lamentos de uma dor que se espalharia por todo o Brasil.



Tudo isso se passou na roça de joãozinho da Goméia. No mesmo instante, a 400 quilômetros de distância, o Rei do Candomblé, maior propagador dos ritos afro-brasileiros, mais antigo e respeitado sacerdote do Brasil, deixava o mundo dos vivos, desencarnara e partira para o Reino de Oxalá - o Pai Supremo.

São Paulo, Hospital das Clínicas, 9 horas e 50 minutos, sexta-feira. Num leito branco, um homem moreno, forte, grandalhão e de finos traços trava uma batalha com a morte. Seu rosto é tranqüilo, aparentando uma enorme paz interior. Nas têmporas, os cabelos ralos já agasalham a neve dos anos que sobre eles passaram: retratam as dores, os sacrifícios, as lutas e os sofrimentos.
Ao seu lado os médicos se empenham para impedir os desígnios da morte, que quer levar mais um tributo e eles não concordam. O combate é desigual: de um lado, os fracos conhecimentos e as desvalidas forças do ser humano; do outro, os misteriosos poderes extraterrenos.

A luta é árdua; há muitas horas o combate se trava num vaivém irritante. Em momentos, parece que os médicos conseguirão enganar a morte; em outros, a vitória pende para esta. De um lado, os médicos de branco, cor tão querida e amada por aquele homem que ali se encontra sem poder participar da batalha. Ele, que durante toda a vida foi um valente que nunca fugiu à luta, não sabe que do outro lado o espectro da morte tenta arrebatar-lhe a vida, a alma. Seu espírito, este sim está vendo tudo, sabe até o destino que lhe é reservado, só que não pode intervir. Ele, o espírito, o motivo da batalha, dela não pode participar. Altos desígnios, mais fortes do que ele, presidem todos os detalhes do combate. Como humilde servidor desses desígnios, só lhe cabe apreciar os lances. Mesmo sabendo que no final o prêmio do vencedor será ele próprio.
A batalha chega ao fim - João Alves Torres Filho, o doente que os médicos não conseguiram salvar - talvez porque Oxalá houvesse decidido em contrário¬entrega sua alma ao Mestre Supremo.

Joãozinho da Goméia morreu aos 57 anos, 40 dos quais dedicados ao Candomblé. Desencarnou no dia de São José, oito dias antes de completar 57 anos. Por estranha coincidência, no dia de sua morte sua roça em Duque de Caixas iria promover o Lorogun - uma das grandes cerimônias do Candomblé que significa o fechamento do terreiro para o período da Quaresma.

Em dezembro ele pretendia promover uma grande festa para lansã, sua protetora. Oxalá, porém, decidiu que sua missão na Terra estava terminada.

Quando seus filhos-de-santo receberam a notícia de sua morte, o pranto e a dor tomaram conta de todos. Uma histeria coletiva jamais vista fora de um terreiro levou quase à loucura milhares de pessoas que se aglomeravam em frente ao hospital. Mulheres choravam, entravam em transe, desmaiavam; os homens murmuravam preces por sua alma e gritavam: - Pai, me leva com você!

Ao se confirmar a triste verdade, os atabaques começaram a marcar em toques fúnebres, anunciando a dor da perda irreparáveI. Todos ficaram inconsoláveis, mas mesmo assim lembraram de render tributo a Oxalá, pedindo que recebesse o filho amado de braços abertos. Para eles, o grande sacerdote apenas desencarnara, ganhando uma estrada de estrelas para chegar ao Reino de Oxalá.

Há muito joãozinho da Goméia se encontrava doente, e nos últimos meses queixava-se de fortes dores de cabeça. Os médicos encontraram a causa das terríveis dores do Rei do Candomblé: Na parte frontal da cabeça, em local de difícil exploração, formara-se um tumor, e sua localização tornava perigosa qualquer intervenção cirúrgica. Após comunicarlhe os perigos que correria, indagaram se deviam ou não operá-Io. Joãozinho não pensou nem um segundo para responder: - Podem operar, seja feita a vontade de Deus.

Às 8 horas e 15 minutos de sábado o corpo foi liberado para o transporte ao Rio de janeiro. No carro funerário foi o corpo, atrás caravanas de I 5 federações de São Paulo e dezenas de carros de fiéis. O motorista diria depois: - Em 19 anos de profissão, nunca vi tanta gente acompanhar um corpo.


"Se eu morrer, quero que todos os meus filhos-de-santo continuem fazendo caridade. E que se esforcem para que o Candomblé do Brasil seja, cada vez mais, encarado com seriedade e respeitado por todo o mundo"

Site: Oriaxe.com.br