terça-feira, 31 de maio de 2011

Nós do Kasuá Babá Odé, entramos na campanha em favor ao Meio Ambiente.


Nós que fazemos parte da Religiões Candomblé, Umbanda e Xambá, precisamos da Natureza, pois foi dela que nasceram nossos Orixás. 
É da seiva da flor da aguá doce que nasceu Oxum...
É da folhagem das matas que nasceram Ossãin, Odé e Logunedé...
É da beleza do arco-íris que nasceu Oxumaré...
É da fortaleza dos mares e oceanos que nasceu Yêmanjá...
É da lama, do barro que nasceu Nanã...
É da aspereza da montanha e pedreiras que nasceu Xangô...
É da fortaleza do ferro que nasceu Ogum...
É da fonte de energia que é o milho, que virou pipoca que nasceu Obaluayê...
É da virilidade do bambu que nasceu Exú...
É da beleza da rosa que nasceu Pombagira...
É da alegria da brincadeira do verde das matas que nasceu Ibeji...
É da bravura do ar e das tempestades que nasceu Yansã...
É da transparência do ar que nasceu Oxalá, o nosso Pai Maior.   

Por isso tudo e muito mais que nós que fazemos parte das religiões afro descendentes, lutamos a favor do nosso MEIO AMBIENTE!!

obs.: Retirem o Painel que segue, "Eu respeito o Meio Ambiente", e pregue em seu domicílio, em seu escritório e nos ajudem a fazer as pessoas respeitarem também o nosso Meio Ambiente.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

O Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé e o Blog Kasuá dos Axés d' Babá Odé, também dizem NÃO as drogas!!

Ei você crianças, jovens e adultos...
Para que usar Crak, se você pode ser um CRAQUE da bola?! ESPORTE é o melhor REMÉDIO!

Para que usar Oxi, se você pode ser o INOX nos estudos e nas notas?! ESCOLA é o melhor CAMINHO!
Para que usar bebida alcoólica, se você não é carro e nem moto, para usar alcóol e muito menos posto de combustível?! FAMÍLIA é o bem MAIOR!
RESGATE-SE!!
AME-SE!!
Risque as DROGAS da sua VIDA!! 

Editado por Mãe Polly d'Yêmanjá

domingo, 29 de maio de 2011

O horóscopo pelo seu orixá


Áries (21/03 a 20/04)
Seu Orixá correspondente é Ogum, o grande guerreiro. Tem vontade de lutar e possui grande poder de conquista. No amor, adora tomar a iniciativa. É temperamental e às vezes, violento. Ogum deve ser invocado para se enfrentar disputas. O planeta regente é Marte.
Touro (21/04 a 20/05)
Seu Orixá correspondente é Oxóssi, o Deus das matas. Assim, as pessoas que nascem sob sua protecção são calmas, audaciosas e possuem muitos amigos. São simpáticas e atenciosas, e Oxóssi é aliado para quem deseja ter harmonia. O planeta regente é Vênus.
Gêmeos (21/05 a 20/06)
Ibejis são os Orixás deste signo. São optimistas, alegres e muito simpáticos. Esses dois Orixás oferecem garantia de boa fortuna e felicidade com a família e também com os filhos. São os protectores das crianças e adoram brincar. São regidos pelo planeta Mercúrio.
Câncer (21/06 a 21/07)
Os cancerianos possuem a protecção de Oxum, a deusa dos lagos, rios e cachoeiras. Como ela, são amorosos, românticos e bastante apegados ao lar e a família. Não gostam de brigas, preferindo viver na mais profunda paz. Oxum também pode ser invocada para tudo o que for relacionado à maternidade. Tem a regência da Lua.
Leão (22/07 a 22/08)
Tem como protector Xangô. Forte, inteligente e criativo. Quem nasce sob sua protecção pode-se considerar um vencedor. Sua audácia e senso de justiça fazem com que ninguém reclame de suas decisões. O planeta regente é o Sol.
Virgem (23/08 a 22/09)
Tem como Orixá Obaluaiê, que é o senhor das doenças e da cura. Seu planeta é Mercúrio. Pode ser invocado sempre que se quiser restabelecer a saúde de alguém. É bastante perfeccionista e não desiste de um projecto antes de conseguir sua realização. Virgem também pode ter como Orixá Ossaim, o senhor das ervas e da medicina.
Libra (23/09 a 22/10)
Possui a protecção de Oxumaré, que é o Deus da duplicidade, da beleza, das artes. Dono de uma forte personalidade, muitas vezes é genioso, sendo invocado para a protecção dos amantes e também para a resolução de problemas sentimentais. Tem Vênus como planeta regente.
Escorpião (23/10 a 21/11)
Nana é protectora deste signo, sendo a deusa mais velha entre os Orixás. Severa e determinada, age com rigor em suas decisões. Porém, oferece segurança e jamais aceita a traição. Seu planeta regente é Plutão.
Sagitário (22/11 a 21/12)
Possui Iansã como protectora, que é a deusa dos ventos e tempestades. Oferece optimismo e auxilia as grandes paixões. Possui espírito aventureiro e inteligente. O planeta é Júpiter.
Capricórnio (22/12 a 20/01)
Seu Orixá é Omolu, Obaluaiê velho. Oferece aos seus filhos poderes de decisão nos momentos difíceis. É regido por Saturno. Possui interesse pelo misticismo e tudo que é oculto.
Aquário (21/01 a 19/02)
Tem como protector Oxalá, pai de todos os Orixás. Oferece ajuda a todos que necessitam. Possui capacidade de argumentação e simpatia. O planeta regente é Urano.
Peixes (20/02 a 20/03)
Possui a rainha do mar como sua protectora, Iemanjá. É a mãe da maioria dos Orixás e por isso preocupa-se com seus filhos, procurando dar toda a ajuda que for preciso. Tem como regente o planeta Netuno.
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Por que a Bahia é de todos os Santos: O misticismo da boa terra!!

Os portugueses chegaram ao Brasil pela Bahia. Além dele, os Índios já habitavam nosso país e, mais tarde, os negros chegaram da África. Tantas culturas geraram uma mistura de crenças, transformando esta religião numa terra rica em rituais, omde as religiões se confundem: o chamado sincretismo religioso. Assim, o Candomblé de culto aos Orixás (deuses ligados a natureza, vale lembrar disso) e o Catolicismo costumam ser culltuados ao mesmo tempo por muitos baianos.
O sincretismo com a influência dos nossos colonizadores, o Catolicismo se transformou na maior religião do país. Em Salvador, várias igrejas lindas que são orgulho dos baianos e símbolo de sua fé. também não são poucos os terreiros de Candomblé, onde acontecem os cantos e as danças, ao som dos atabaques, invocando as entidades que são Orixás, Caboclos, Pretos Velhos, Ciganos, Exu, Pombagira e Êrês. Essa relação com o espiritismo é mais uma prova da diversidade religiosa.  E um resultado dessa mistura é que, na época da escratura, os negros adotaram santos Católicos para reverenciar os Orixás. E até hoje existe essa relação, entre santos Católicos com Orixás, etc.

Editado por:  Abyã Nayanne Larissa
Que Yansã me proteja!! Eparrei!!!

Aos quatorze dias de Março nascia o homem qe lutaria pelas causas negras e aos vinte e quatro dias do mês de Maio morria este homem!!


Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011) foi um político e ativista social brasileiro.
Foi um dos maiores defensores da defesa da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, nome de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o movimento integralista, passando por atividade de poeta (com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul), até ativista do Movimento Negro, ator (criou em 1944 o Teatro Experimental do Negro) e escultor.
Após a volta do exílio (1968-1978), insere-se na vida política (foi deputado federal de 1983 a 1987, e senador da República de 1997 a 1999), além de colaborar fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978). Em 2006,em São Paulo, criou o dia 20 de Novembro como o dia oficial da consciência negra. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Brasília. Autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros e Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros..
Foi também professor benemérito da Universidade do Estado de Nova Iorque.
Foi casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Kasuá dos Axés d'Babá Odé, se mostra contra a EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL. É crime!!


Em nossa Casa de Axé pregamos o amor a criança, cultuamos entidades mirins que chamamos de Êrês e nos mostramos contra toda e qualquer exploração infantil. E por amar à Deus, Babá Olorun, condenamos aqueles que praticam esses absurdos. Oxalá disse: "deixem-me vir as crianças, pois delas será o reino de Deus".
Leia um pouco sobre o que é, Exploração Sexual Comercial de Crianças:

Exploração sexual comercial de crianças constitui uma forma de coerção e violência contra crianças e adolescentes correspondendo a trabalho forçado e formas contemporâneas de escravidão .
A declaração do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças, realizada em Estocolmo em 1996, definiu Exploração Sexual como:
Abuso sexual por adultos e a remuneração em dinheiro ou em espécie à criança ou uma terceira pessoa ou pessoas. A criança é tratada como um objeto sexual e como um objeto comercial.
Inclui a prostituição de crianças: pornografia infantil, o turismo sexual infantil e outras formas de sexo comercial onde uma criança se engaja em atividades sexuais que têm necessidades essenciais satisfeitas, tais como comida, abrigo ou acesso à educação. Ele inclui as formas de sexo comercial, onde o abuso sexual de crianças não é interrompido ou relatado por membros da família, devido aos benefícios obtidos pelo agregado familiar do agressor. Também inclui, potencialmente, casamentos arranjados com crianças com idade inferior a 18 anos, onde a criança não tem livremente consentido o casamento e onde a criança é abusada sexualmente.

Formas de exploração sexual:

A prostituição de crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, a pornografia infantil e (muitas vezes relacionados) venda e tráfico de crianças são muitas vezes consideradas como crimes de violência contra crianças. Eles são considerados como formas de economia de exploração semelhante ao trabalho forçado ou escravidão. Tais crianças freqüentemente sofrem danos irreparáveis ​​à sua saúde física e mental. Elas enfrentam a gravidez precoce e o risco de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS.
O tráfico de crianças às vezes se sobrepõem. Por um lado, as crianças que são traficadas são frequentemente vítimas de tráfico para fins lucrativos. No entanto, nem todas as crianças traficadas são vítimas de tráfico para esses fins. Além disso, mesmo se algumas das crianças traficadas para outras formas de trabalho são posteriormente abusados ​​sexualmente no trabalho, isso não constitui necessariamente exploração sexual. Por outro lado, de acordo com a Proteção de Vitimas de Trafico, a definição de formas graves de tráfico de pessoas inclui qualquer ato sexual comercial realizada por uma pessoa sob a idade de 18 anos. Isso significa que qualquer menor que é comercialmente explorado sexualmente é definida como uma vítima do tráfico. Também faz parte, mas de forma distinta, abuso infantil, ou mesmo de abuso sexual infantil. Estupro de crianças, por exemplo, não costumam constituir Exploração Sexual nem a violência doméstica.
Embora Exploração Sexual de Crianças seja considerado trabalho infantil, e certamente uma das piores formas de trabalho infantil, em termos de convenções internacionais, legislação, política e em termos programáticos, é muitas vezes tratada como uma forma de abuso ou crime.
As causas são complexas e existem padrões diferentes entre os países e regiões. Por exemplo, em algumas áreas, a exploração sexual comercial de crianças está claramente relacionada com estrangeiros de turismo sexual infantil , em outros ele é associado com a demanda local. Na maioria dos países, as meninas representam 80 a 90% das vítimas, embora em alguns lugares predominam os meninos. Como é o caso das outras piores formas de trabalho infantil, pobreza extrema, a possibilidade de rendimentos relativamente elevados, de baixo valor atribuído à educação, a disfunção familiar, uma obrigação cultural para ajudar no sustento da família ou da necessidade de ganhar dinheiro para simplesmente sobreviver são todos fatores que tornam as crianças vulneráveis ​​a Exploração Sexual. A fim de fazer com que uma criança sobreviva, são vendidas no comércio do sexo para fornecer alimentos e abrigo e, em alguns casos o dinheiro para satisfazer o vício de um membro da família. Existem outros fatores não-econômicos que também levam as crianças para exploração sexual comercial. As crianças que estão em maior risco de serem vítimas são aqueles que já sofreram abuso físico ou sexual. Um ambiente familiar de pouca proteção, onde os cuidadores não se importam, estão ausentes ou quando existe um elevado nível de violência ou consumo de álcool ou drogas, induz meninos e meninas a fugir de casa, tornando-se altamente suscetível a abusos. Discriminação por gênero e baixos níveis educacionais de cuidadores também são fatores de risco. As crianças com situação de extrema pobreza e famílias marginalizadas também são vítimas.
Do lado da procura, alguns fatores podem agravar o problema. Por exemplo, os turistas sexuais são uma fonte de demanda para a prostituição. A presença de tropas militares ou de grandes obras públicas também podem criar demanda. Preferências do cliente para as crianças, particularmente no contexto do HIV / SIDA epidemia. Além disso, a expansão da Internet tem facilitado o crescimento da pornografia infantil.
A experiência tem mostrado que certas características sócio-econômicas, tais como densidade populacional, concentração de animação noturna (bares e casas noturnas) e elevados níveis de desemprego, circulação de pessoas, e acesso a estradas, portos ou fronteiras também estão associados à Exploração Infantil.
Denuncie, disque 100 ou vá ao Conselho Tutelar de sua cidade.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Saíba o que é Olubajé.

Olubajé


O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.
Nessa festividade, todos os Orixás participam, com exceção de Xangô e principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).

ESTAMOS EM FESTA!!

Chegamos a marca de MIL visitantes em nosso blog: OBRIGADO!!
Um blog que fala de amor aos seus Orixás, aos Pretos Velhos, Êrês, Índios, Ciganos, Exú e Pombagira.
Visitem-nos e deixem-nos seus comentários, opiniões e críticas.

OBRIGADO À TODOS!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Saiba quem é Mãe Mirian.


Mãe Mirian, uma das mais respeitadas yalorixás de Alagoas. Sua Casa de Axé é o Ile Nifé Omí Omo Posu Beta localizado no bairro do Jacintinho em Maceió. A Casa de axé foi criada em 1950, pelo marido de mãe Mirian, ainda quando cultuavam a Nação Gego Nagô. Em 1970 a mãe Mirian foi para Salvador e lá foi iniciada na religião de Orixá. 
Em virtude da morte de seu marido, esta assumiu a direção da casa, em 1972, por hereditariedade e dom de nascença, recebendo o nome de Ile Ifé Omi Omo Possu Betá (casa de amor filha das águas do poço betá). 
As atividades realizadas pela casa são aparamento de santo, confecção de roupas de santos, consultas, que são feitas duas vezes por semana, festas dos orixás, duas vezes por mês, curas e consultas de caridade.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Santa Sara Kali, padroeira dos Ciganos.


A Cigana Escrava que Venceu os Mares com sua Fé e Virou Santa!! Salve Sara Kali!!
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar.
Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.
Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana) "Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon - Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: "Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem.

Namastê à todos!!
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Veja um pouco da diferença entre CANDOMBLÉ e UMBANDA

 

Aos olhos de uma pessoa comum a Umbanda e o Candomblé são duas formas de denominar um mesmo culto. Mas na verdade, são duas religiões distintas, unidas apenas pelas roupas, pelos atabaques e pelo uso do transe mediúnico.
A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente e foi trazida para o Brasil através do fluxo da escravatura. Escravos de diversas tribos e nações Africanas continuaram a cultuar no Brasil os Orixás negros, suas divindades, e estiveram na origem da criação das chamadas “Casas de Santo” (Ilê), onde continuaram com os seus rituais e preceitos Africanos. As diversas origens das tribos, e as diversas regiões do Brasil onde se implantaram, deram origem às diversas Nações do Candomblé, onde o Ketu é tido como o mais tradicional.
A Umbanda, é até ao momento, a única religião criada no Brasil, foi fundada em 1917 na cidade de Niterói e reúne na sua filosofia, conhecimentos do Catolicismo, do Kardecismo, do Budismo, do Islamismo e do Candomblé, de onde tirou a forma de vestir dos médiuns (roupas de baianas), o uso dos atabaques (instrumentos de percussão) e a nomenclatura de sete dos Orixás (Oxalá, Iyemonjá, Oxun, Xangô, Oxósse, Exú e Nanã) – adaptando também para estes Orixás cores diferentes das utilizadas no Candomblé. A Umbanda portanto advém do sincretismo católico-feitichista, necessário numa época de grande repressão das religiões africanas no Brasil, em que era proibido o culto dos Orixás na sua forma de origem, e esta adaptação tornou-se necessária.
No Candomblé os cânticos são em línguas africanas (Iorubá ou Banto), dependendo da nação de origem daquele grupo. Os cânticos da Umbanda são em Português. No Candomblé o culto é voltado unicamente aos Orixás que são considerados deuses e não espíritos. Na Umbanda trabalham com espíritos como caboclos, pretos-velhos e ciganos, entre outros. No candomblé, só os Orixás podem provocar a possessão; a nenhum espírito que tenha tido vida na terra, é permitido este fenómeno. Na Umbanda é permitida a incorporação de qualquer tipo de entidade.
Um dos pontos em que também Candomblé e Umbanda têm pontos de vista diferentes é no que se refere ao culto de uma das divindades mais conhecidas popularmente, por tanto se recorrer a ela para a realização de todo o tipo de trabalhos: Exú.
De tal forma que suscitou o comentário que se segue por parte das Associações Brasileiras de Candomblé em congresso recente:

É preciso que reconheçamos e respeitemos as diferenças regionais do Candomblé,  mas devemos também separar as coisas. O Candomblé Ketu tradicional não cultua pombagira, que é uma entidade comum em alguns terreiros, muito provavelmente por influencia da Umbanda.”
Umbanda e candomblé são duas religiões respeitáveis, porém tão distintas quanto o escuro e o claro.
Sendo assim as Casas de Axé hoje em dia não tem Umbanda pura nem Candomblé puro existe uma Casa de Axé misto, diria eu uma Casa de Axé traçada, onde estão agregados a ela um montante de aprendizagem e sabedoria.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá

domingo, 15 de maio de 2011

O Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé esteve no Mesa Z, da Rádio Zumbi FM.

Pai Sergio Tata d'Odé, o embaixador de Cabo Verde no Brasil Daniel Antônio Pereira, Professor Doutor Charles Moore Wedderburn e Arízia Barros, foram os convidados do Mesa Z da Rádio Zumbi FM, deste Sábado, dia 14 de Maio, para uma conversa formal com assuntos pertinentes aos negros e a religiosidade de Matriz Africana.










editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá

Festa de Preto Velho. Adorei às almas, às almas adorei!!!!

No dia 13 de Maio é festa de Preto Velho!! E ontem dia 14 de Maio tivemos um jantar oferecido por eles.






domingo, 1 de maio de 2011

Adorei às almas, às almas adorei!!!

"Salve as minhas santas almas queridas, minhas almas trabalhadeiras, minhas almas caridosas, minhas almas rezadeiras. Salve Pretos Velhos e Pretas Velhas que nos acompanham, nos protegem, que rezam e trabalham duro na espiritualidade por todos nós".

A minha homenagem é a minha Vovó MARIA CONGA!! Amo muito minha Vovó.

Imaginem cenas de um trabalho cansativo em uma grande plantação de cana. É nisso que Vovó Maria Conga parece estar sempre envolvida. Gosta de doces, cocada branca em especial, mas não dá demonstrações de ter sido esta sua principal ocupação na encarnação como escrava.
Sentada em um toco de madeira no terreiro contou, certa vez, alguns fatos de sua vida em terra brasileira.
Começou dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva. Naquele tempo as negras eram destinadas, entre outras coisas, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria, assim como tantos outros "filhotes" foram alimentados pela Mãe Conga. Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessem.
Os orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defesa da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro. As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens dos orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos difíceis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor.
Maria Conga teve que se utilizar de algumas "mirongas" para deixar de ser uma reprodutora, e assim, pelo fato de ainda ser uma mulher forte, restou-lhe a plantação de cana. A colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar. Enquanto as mulheres cortavam a cana, as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os homens os carregassem até o local indicado pelo feitor. Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um dos seus filhos, afastado dela quando já sabia andar e falar, era homem forte, trabalhando numa fazenda próxima.
Seu coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da idéia de revê-lo. Passou então a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro. Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas. Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por todo o tempo.
Certa tarde, quase chegando na senzala, a negra foi descoberta. Apanhou bastante, mas não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.
Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho, a Vó Maria Conga passou a cuidar das crianças negras e de seus doentes. Seu coração se encheu de tristeza ao saber que haviam matado seu filho quando tentava fugir para vê-la.Sua vida mudou. De alegre e tagarela passou a ser muito séria, cuidando do que falava até mesmo com os outros negros. Para as crianças contava histórias de reis negros em terras negras, onde não havia outro senhor. Sábia, experiente e calada, Vovó Maria Conga desencarnou.
Com lágrimas na alma ela acabou seu conto. Disse que só entendeu a medida do amor após a sua morte. Seu filho a esperava sorrindo, guardião que fora da mãe o tempo todo em que aguardava seu retorno ao mundo dos espíritos.



Por: Maria C.

FORMAS INCORPORATIVAS E ESPECIALIDADE DOS PRETOS-VELHOS:
Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito. A vibração começa com um “peso” nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os pés fixados no chão. Locomovem-se apenas quando incorporam para as saudações necessárias (atabaque, gongá, etc.…) e depois sentam e praticam sua caridade. É possível ver Pretos Velhos dançando, mais esse dançando é sutil, e apenas com movimentos dos ombros quando sentados.
Essa simplicidade se expande tanto na sua maneira de ser e de falar. Usam vocabulário simples, sem palavras rebuscadas.

A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mas diferenças ocorrem porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham.
Essas diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás:
PRETOS VELHOS DE OGUM
São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e às vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes.
São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, às vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas.
São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e “medrosos”. É fácil pensar nessa característica, pois Ogum é um Orixá corajoso.
PRETOS VELHOS DE OXUM
São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível.
Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado.
São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. Às vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa.
PRETOS VELHOS DE XANGÔ
Sua incorporação é rápida como as de Ogum.
Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais.
Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.
PRETOS VELHOS DE IANSÃ
São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas.
Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido à diversidade que existe dentro desse único Orixá.
Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual.
Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.
PRETOS VELHOS DE OXOSSI
São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres, pesadas e um pouco rápidas.
Esses Pretos Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo.
Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc.… São verdadeiros químicos em seus tocos. – Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior “químico” – Oxóssi.
PRETOS VELHOS DE NANÃ
São raros e sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada.
Enfatizando ainda mais a idade avançada.
Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas à volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo.
Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça.
Costumam se afastar dos médiuns que consideram de “moral fraca”. Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada.
É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.
São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso carma, pois isso sem dúvida é a sua função.
Atuam também como os de Iansã e Obaluayê, conduzindo Eguns.
PRETOS VELHOS DE OBALUAIÊ
São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral.
Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros.
Agarra-se a seus “filhos” com total dedicação e carinho, não deixando, no entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar.
Devido à elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento.
Como trabalha para Obaluayê, e este é o “dono das almas”, esses Pretos Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos.
Sua “visão” é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual.
Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos.
Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.
PRETOS VELHOS DE YEMANJÁ
São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga.
Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares.
Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as mulheres que desejam engravidar.
Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarrego e passes.
PRETOS VELHOS DE OXALÁ
São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos.
Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos Velhos.
Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom comportamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas.

Editada por: Mãe Polly d'Yêmanjá
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Salúba Nanã, salúba!!

A Deusa mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição. Conforme a tradição afro-brasileira, Nanã além de ser a mais antiga das divindades, foi também a primeira esposa de Oxalá. A mais velha deusa da água está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência, é capaz de castigar com a intenção de educar. Nas cerimônias da umbanda é conhecida como vovó. As pessoas consideras filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias e introvertidas. Seguras e equilibradas em tudo o que fazem, gostam de ajudar as pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade. Quando precisam desenvolver algum trabalho, mesmo que exija rapidez, sabem usar da paciência como se tivessem todo o tempo do mundo para sua execução.

Dia da Semana: Terça-feira

Saudação: Salubá Nanã!

Cores: Azul escuro, branco ou lilás.

Símbolo: Ibiri

Alimento Principal: Repolho roxo cozido e pipoca

Ciganos são uma classe de espíritos que incorporam nos terreiros de umbanda.

Entidades ciganas.
História pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.

Ossãin, deus das folhas, das ervas!!!

OSSÃIN/ OSSAIM/ OSSÃNIN
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande (ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folhas possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam do panteão Jeje assimilado pelos Nagôs, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.
Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.

Características dos filhos de Ossaim

Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.
São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.
Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.

Dados
DIA: Quinta-feira.
CORES: Verde e Branco.
SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).
DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.
SAUDAÇÃO: Ewé ó!


Joãozinho da Goméia

Nasceu em 27 de março de 1914 em Inhambupe, Bahia. Sua família era católica e chegou a ser coroinha da paróquia de sua cidade. Mas o menino parecia realmente já vir predestinado a vivenciar o mundo das tradições religiosas afro-brasileiras, mesmo antes de se iniciar em uma casa de culto.
Na pequena cidade onde nasceu, distante 153 km da capital, aos 10 anos já demons-trava sua forte personalidade, como bom filho de lansã. Aos 17, deixou a família e rumou para Salvador, onde fez de tudo para sobreviver. No armazém onde trabalhou, conheceu uma senhora que muito lhe ajudou e que considerava como sua madrinha. Foi ela quem o levou ao terreiro de Severiano Manuel de Abreu, que recebia a entidade conhecida como Caboclo Jubiabá.

MESMO CONSCIENTE DA GENEALOGIA E HIERARQUIA DOS DEMAIS TERREIROS, CONSEGUIU IMPOR SUA AUTORIDADE E SE LEGITIMOU AO LONGO DOS ANOS

Uma das muitas histórias que se conta sobre sua iniciação é o fato de Joãozinho sofrer de fortes dores de cabeça sem explicação ou cura por meio da medicina. Assim que se realizou sua feitura, as dores de cabeça cessaram; teriam sido apenas um aviso de que o menino já vinha com o destino traçado pelos Orixás, que cobravam sua iniciação.

Em torno da figura de Joãozinho da Goméia sempre houve muita polêmica; para muitos, que buscavam formas de criticá-lo, sequer teria sido "feito". Mas há filhas-de-santo de Pai Joãozinho que contam todo o seu processo de iniciação. Uma delas, aos 92 anos declarou ao jornal Correio da Bahia que tinha dúvidas de que, se ele fosse vivo, alguém tivesse coragem de contradizê-Io.
1971 MORRE O GRANDE BABALORIXÁ
JOÃOZINHO DA GOMÉIA
O dia em que o Candomblé chorou!

19 de março de 1971 - o dia da semana era sexta-feira, fatídico para alguns, benéfico para outros. O local, Rua General Rondon, 360, bairro Copacabana, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Já passava das nove horas e o relógio em breve faria soar as dez badaladas. De repente, um silêncio se faz sentir; as poucas pessoas que ali se encontravam se entreolham assustadas. Parecem hipnotizadas, presas ao chão. Na face de cada uma, a palidez, o medo.

No enorme galpão, uma imagem de lansã se desprende da parede atrás de uma imponente cadeira. Cai ao chão e a deusa se desfaz em dezenas de pedaços. Um vento frio sopra e redemoinhos se formam levantando poeira; o céu se cobre de nuvens pretas como se vestisse luto, onde antes brilhava o solou se via o azul.
O vento uivante aumenta de intensidade e as pessoas começam a se mexer. Muitos diriam, depois, que os gemidos do vento mais pareciam lamentos de Omolu, o guardião dos cemitérios.
Assustados e talvez adivinhando as razões de tão estranhas manifestações da Mãe Natureza, alguns correm ao pátio: o pé de jurema, a árvore sagrada, começa a murchar, a canjica azeda minutos depois de colocada aos pés do Orixá. Nesse instante todos tiveram conhecimento do que estava ocorrendo e lágrima silenciosas começaram a descer nas faces negras e a molhar as vestes brancas. Os atabaques gemeram e choraram e, no gemido de seu couro, transmitiram ao Céu e à Terra os lamentos de uma dor que se espalharia por todo o Brasil.



Tudo isso se passou na roça de joãozinho da Goméia. No mesmo instante, a 400 quilômetros de distância, o Rei do Candomblé, maior propagador dos ritos afro-brasileiros, mais antigo e respeitado sacerdote do Brasil, deixava o mundo dos vivos, desencarnara e partira para o Reino de Oxalá - o Pai Supremo.

São Paulo, Hospital das Clínicas, 9 horas e 50 minutos, sexta-feira. Num leito branco, um homem moreno, forte, grandalhão e de finos traços trava uma batalha com a morte. Seu rosto é tranqüilo, aparentando uma enorme paz interior. Nas têmporas, os cabelos ralos já agasalham a neve dos anos que sobre eles passaram: retratam as dores, os sacrifícios, as lutas e os sofrimentos.
Ao seu lado os médicos se empenham para impedir os desígnios da morte, que quer levar mais um tributo e eles não concordam. O combate é desigual: de um lado, os fracos conhecimentos e as desvalidas forças do ser humano; do outro, os misteriosos poderes extraterrenos.

A luta é árdua; há muitas horas o combate se trava num vaivém irritante. Em momentos, parece que os médicos conseguirão enganar a morte; em outros, a vitória pende para esta. De um lado, os médicos de branco, cor tão querida e amada por aquele homem que ali se encontra sem poder participar da batalha. Ele, que durante toda a vida foi um valente que nunca fugiu à luta, não sabe que do outro lado o espectro da morte tenta arrebatar-lhe a vida, a alma. Seu espírito, este sim está vendo tudo, sabe até o destino que lhe é reservado, só que não pode intervir. Ele, o espírito, o motivo da batalha, dela não pode participar. Altos desígnios, mais fortes do que ele, presidem todos os detalhes do combate. Como humilde servidor desses desígnios, só lhe cabe apreciar os lances. Mesmo sabendo que no final o prêmio do vencedor será ele próprio.
A batalha chega ao fim - João Alves Torres Filho, o doente que os médicos não conseguiram salvar - talvez porque Oxalá houvesse decidido em contrário¬entrega sua alma ao Mestre Supremo.

Joãozinho da Goméia morreu aos 57 anos, 40 dos quais dedicados ao Candomblé. Desencarnou no dia de São José, oito dias antes de completar 57 anos. Por estranha coincidência, no dia de sua morte sua roça em Duque de Caixas iria promover o Lorogun - uma das grandes cerimônias do Candomblé que significa o fechamento do terreiro para o período da Quaresma.

Em dezembro ele pretendia promover uma grande festa para lansã, sua protetora. Oxalá, porém, decidiu que sua missão na Terra estava terminada.

Quando seus filhos-de-santo receberam a notícia de sua morte, o pranto e a dor tomaram conta de todos. Uma histeria coletiva jamais vista fora de um terreiro levou quase à loucura milhares de pessoas que se aglomeravam em frente ao hospital. Mulheres choravam, entravam em transe, desmaiavam; os homens murmuravam preces por sua alma e gritavam: - Pai, me leva com você!

Ao se confirmar a triste verdade, os atabaques começaram a marcar em toques fúnebres, anunciando a dor da perda irreparáveI. Todos ficaram inconsoláveis, mas mesmo assim lembraram de render tributo a Oxalá, pedindo que recebesse o filho amado de braços abertos. Para eles, o grande sacerdote apenas desencarnara, ganhando uma estrada de estrelas para chegar ao Reino de Oxalá.

Há muito joãozinho da Goméia se encontrava doente, e nos últimos meses queixava-se de fortes dores de cabeça. Os médicos encontraram a causa das terríveis dores do Rei do Candomblé: Na parte frontal da cabeça, em local de difícil exploração, formara-se um tumor, e sua localização tornava perigosa qualquer intervenção cirúrgica. Após comunicarlhe os perigos que correria, indagaram se deviam ou não operá-Io. Joãozinho não pensou nem um segundo para responder: - Podem operar, seja feita a vontade de Deus.

Às 8 horas e 15 minutos de sábado o corpo foi liberado para o transporte ao Rio de janeiro. No carro funerário foi o corpo, atrás caravanas de I 5 federações de São Paulo e dezenas de carros de fiéis. O motorista diria depois: - Em 19 anos de profissão, nunca vi tanta gente acompanhar um corpo.


"Se eu morrer, quero que todos os meus filhos-de-santo continuem fazendo caridade. E que se esforcem para que o Candomblé do Brasil seja, cada vez mais, encarado com seriedade e respeitado por todo o mundo"

Site: Oriaxe.com.br