Obaluaê tem as feridas transformadas em pipoca por Iansã.
Chegando de viagem à aldeia onde nascera,
Obaluaê viu que estava acontecendo
uma festa com a presença de todos os orixás.
Obaluaê não podia entrar na festa,
devido à sua medonha aparência.
Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do orixá,
cobriu-o com uma roupa de palha que ocultava sua cabeça
e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.
Apesar de envergonhado, Obaluaê entrou,
mas ninguém se aproximava dele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho.
Ela compreendia a triste situação de Omolu
e dele se compadecia.
Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.
O xirê estava animado.
Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.
Iansã chegou então bem perto dele
e soprou suas roupas de mariô,
levantando as palhas que cobriam sua pestilência.
Nesse momento de encanto e ventania,
as feridas de Obaluaê pularam para o alto,
transformadas numa chuva de pipocas,
que se espalharam brancas pelo barracão.
Obaluaê, o deus das doenças, transformou-se num jovem,
num jovem belo e encantador.
Obaluaê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos
e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos,
partilhando o poder único de abrir e interromper
as demandas dos mortos sobre os homens.
Outras versões do mesmo mito, dizem ainda que após o acontecimento é que os Orisás reconheceram Obaluaiyê como um importante Orisá e passaram a oferecer a ele, anualmente, o Olubajé. O cântico "oni leuá lessi orisá", faz menção a isso, afirmando que trata-se de um grande senhor, um grande orisá...
Livro já é o mais vendido desde dezembro de 2010.
Em menos de uma semana de seu lançamento, o novo romance de Zíbia Gasparetto, Se abrindo pra vida, ditado pelo espírito Lucius, atinge o primeiro lugar na lista dos mais vendidos na categoria autoajuda elaboradas pelas principais publicações do país com base nas informações das livrarias.
A liderança de Se abrindo pra vida, o novo romance de Zíbia Gasparetto, na lista dos livros mais vendidos e conquistada em apenas uma semana desde o seu lançamento, não chega a ser uma surpresa, pois o mercado editorial sempre aposta no sucesso de suas publicações. Estima-se que a escritora, uma das mais lidas no Brasil, tenha um fiel público de 30 milhões de leitores e que seus 34 livros publicados, 25 dos quais romances ditados pelo espírito Lucius, somem 10 milhões de livros vendidos.
No lançamento de Se abrindo pra vida realizado no auditório da Livraria Saraiva do Shopping Center Norte, na capital paulistana mais de 200 pessoas participaram de um bate-papo com a escritora.
As perguntas, formuladas por pessoas das mais variadas idades - de crianças e adolescentes a idosos - traziam curiosidades sobre a sua vida pessoal, sobre o seu contato com a espiritualidade e até sobre questões relacionadas às catástrofes e crises mundiais. Sempre amável e didática, Zíbia respondeu a todas as dúvidas de seus leitores e, ainda, pacientemente atendeu aos pedidos de autógrafos.
Sobre o novo livro: Se abrindo pra vida também deve tornar-se bestseller, como a maioria de seus livros. O romance, ditado pelo espírito Lucius, narra a história de Jacira, uma mulher de 38 anos, solteira e extremamente dedicada à família, que culpa a todos pela sua infelicidade enquanto acredita ser uma vítima da vida e de não ter o poder de mudar o seu próprio destino. A publicação tem 368 páginas e traz o selo da Editora Vida e Consciência.Zíbia Gasparetto na Livraria Saraiva na noite do lançamento "Na vida, o importante é analisar os próprios sentimentos, descobrir qual a sua vocação e verificar o que lhe proporciona mais felicidade. Em seguida, é preciso respeitar seus verdadeiros sentimentos, direcionar suas escolhas com bom-senso e persistência, colocando-se em primeiro lugar nas suas escolhas. Todos precisamos reconhecer que há momentos de dizer sim e de dizer não. Respeitar seus sentimentos é a melhor forma de se valorizar", orienta.
Ficha Bibliográfica:Se abrindo pra vida
Zibia Gasparetto, pelo espírito Lucius
368 páginas
Editora Vida e Consciência.
Texto editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
DESTA FORMA REINFORMAMOS OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS-Foi esquecimento mesmo?
Ao chegarmos ao 5º Departamento de Polícia do Anjo da Guarda para audiência previamente marcada e confirmada pelo Pai Lindomar Saraiva, a vítima, foi revoltante. Fomos informados que das quatro audiências agendadas a única em que a intimação não foi entregue foi a do nosso casso. Ao exigirmos uma explicação através da nossa assessoria jurídica Dr. Nonato Masson tentaram sinicamente justificar que foi uma falha operacional por falta de viaturas. Entretanto a distância entre a residência do destinatário agressor e é de apenas 300 metros da delegacia. Daí companheiros está claro que a idéia de laicidade do Estado brasileiro é ignorada pela maioria dos órgãos públicos, bem como a reprodução do preconceito e discriminação.
A CRIANÇA AGREDIDA PELOS FANÁTICOS - Você consegue ficar alheio ao fato?
Ao enchermos a delegacia com um grupo de religiosos afro-brasileiros, devidamente paramentados com trajes rituais, exercendo ali o direito de profissão de fé, após ritual na porta da delegacia, provocou um verdadeiro “frisson” não só pela quantidade, mas também pela organização e discurso fundamentado no que tange direitos dos povos de terreiro.
Imediatamente a intimação seguiu seu destino e recomendada pelo Delegado, marcando nova audiência para o dia 28 de outubro as 9h 30 da manhã. Agora fica nítida a necessidade de uma mobilização em nível nacional.
Nossa assessoria jurídica estará oferecendo denúncia ao ministério público para início de inquérito de crime de racismo por estes “arautos de Deus” da Igreja Assembléia. Aqui faço minhas as palavras do Coordenador Nacional do CEN Ogan Marcio Gualberto “O fato da intolerância religiosa caminhar de mãos dadas com o racismo provoca, por muitas vezes, nos órgãos responsáveis por fiscalizar e punir, certa leniência, não porque a intolerância não deve ser combatida, mas porque estes órgãos ainda não são capazes de lidar de maneira eficaz com temas ligados ao racismo.” (Mapa da intolerância religiosa – 2011, violação de direito de culto no Brasil. Ogan Marcio Alexandre M. Gualberto).
Neste sentido o Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (FERMA) e o Coletivo de Entidades Negras do Maranhão (CEN-MA)reiteram o convite a toda população negra do estado para passeata por justiça e salvaguarda dos direitos do povo de terreiro.
Local: Anjo da Guarda.
Concentração: Praça do Canhão
Tema - CHEGA DE INTOLERÂNCIA, não toquem em nossos terreiros
Dia: 28 de outubro
Hora: 8h da manhã
Hora da audiência: 9h 30
Lembramos ainda que dia 03 de novembro, na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente DPCA (Praça Maria Aragão) ás 15h tem a audiência sobre a agressão que a filha do Pai Lindomar sofreu destes fanáticos (possuídos) em nome da fé deles e do “deus” deles.
Companheiros omissão também é crime.
Texto editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Do blog dos amigos. http://babadybadeyemonja.blogspot.com
(Neto de Azile, coordenador Executivo do FERMA com B.O.)
Os representantes de entidades que integram o Movimento Negro e Afro-religioso Maranhense se reuniram durante a semana para discutir a denúncia de agressão contra uma criança de apenas 3 anos de idade que participava das celebrações da Festa do Divino no último dia 17, no Anjo da Guarda. O caso foi registrado no16º DP da Vila Embratel pelos familiares da vítima e está sendo acompanhado pelo Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma).
O coordenador de política institucional do Ferma, Neto de Azile, conta que os membros do terreiro "Kwebe-se to Vodun Bade Só", na 2ª Travessa do Bom Jesus, no Anjo da Guarda, realizaram um cortejo para buscar o mastro da Festa do Divino na Rua Costa Rica. Ao passar em frente a um culto evangélico duas senhoras começaram a distribuir panfletos que não foram aceitos. Uma delas teria começado a proferir ofensas como "isso é coisa do demônio" e em determinado momento, bateu na cabeça de uma criança de 3 anos, jogando-a para trás.
Na reunião, as entidades participantes decidiram que o ato representa uma agressão física, psicológica e moral ferindo o direito constitucional do livre exercício da religião. Foi decidido que será aberta uma ação por perda e danos morais pela violência contra a criança e uma ação civil pública devido ao cerceamento da opção religiosa do grupo.
Além das organizações ligadas ao movimento negro como a Ferma, Coletivo de Entidades Negras (CEN) e Rede de Religiões Afro, também estiveram presentes representantes da Secretaria Estadual Extraordinária da Igualdade Racial, Secretaria dos Direitos Humanos e Cidadania do Estado do Maranhão (Sedihc) e Fórum Intergovernamental de Igualdade Racial. Devido à complexidade do caso, a Sedihc sugeriu uma reunião com a assessoria jurídica da pasta para tratar da questão, o encontro deve ser realizado até a próxima semana.
O coordenador de política institucional do Ferma afirma que a criança não foi ferida gravemente, mas que o ato a traumatizou. A garota ficou triste e chegou a desistir de vestir a roupa, relatando que "a moça bateu na coroa, agora eu não quero mais". As possíveis agressoras ainda não foram identificadas, mas Neto de Azile explicou que o caso foi repassado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DPCA) e ao 16º DP para que o líder da congregação onde as duas mulheres estavam possa identificá-las. Neto de Azile considerou a ação das mulheres como um ato de fanatismo que desrespeita o preceito religioso e caracterizou o ato como um retorno à Idade Média. "Somos um estado laico e temos liberdade religiosa assegurada em lei, não podemos deixar isso passar batido.
Não bastasse a desqualificação que sofremos, ainda demonizam o nosso culto", comentou. O representante da Ferma destacou que há três anos as entidades negras realizam passeatas pela liberdade religiosa e que no último ano, houve um compromisso do Ministério Público em salvaguardar o livre exercício religioso.
Fonte: http://imgsapp.oimparcial.com.br/app/noticia_130321921166/2011/09/24/94365/20110924083934432720i.jpg
Entidades afro-brasileiras dizem que proposta é discriminatória e preconceituosa
noticias@band.com.br
Um projeto de lei do deputado estadual campineiro Feliciano Filho (PV), que proíbe o sacríficio de animais em rituais religiosos no Estado, ainda não tem data para ser votado, mas já criou polêmica.
Representantes de terreiros de candomblé e umbanda irão nesta quarta-feira, às 19h, à Assembleia Legislativa para tentar impedir que a proposta, classificada por eles como preconceituosa e discriminatória, seja aprovada pelos deputados. “O sofrimento dos animais é insuportável nestes rituais. A diferença entre eu, você e uma galinha é que ela não tem como se defender”, diz o parlamentar.
Eduardo Brasil, presidente do Fórum de Sacerdotes do Estado de São Paulo, diz que o projeto é inconstitucional por violar a liberdade religiosa. “Como será o Natal dos católicos se não puder matar o peru? O que está em jogo é a liberdade religiosa. Vamos à Assembleia para por fim à hipocrisia”, promete Eduardo Brasil.
Feliciano, que é cristão, rebate e diz que a proposta não tem a ver com religião. “Antes da liberdade de culto vem o crime ambiental. Esses animais estão sendo maltratados por essas pesoas.", afirma.
Para o pai de santo Moacir de Xangô e integrante do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Campinas, o projeto é fruto de pura ignorância e do desrespeito às religiões de raízes africanas. “Apesar de nossa religião ser milenar, sempre fomos discriminados.”, diz Moacir.
Se o projeto for aprovado, o descumprimento da lei prevê multa de R$ 5,2 mil para cada infração. O valor dobra em caso de reincidência.
O Kasuá quer entrar em linha direta com você leitor e seguidor de nosso blog. Faça suas perguntas que vamos responder através das cartas ciganas. Contamos com você para fazer essa linha direta com o mundo mistico do Kasuá dos axés d'Babá Odé.
O dia 20 de Novembro é uma data muito importante, em todo o Brasil e muito mais para a nossa terrinha de União dos Palmares, como já dizia o slogan "Aqui nasceu a liberdade", pois bem, depois de uma reunião como a que relatamos a baixo, nos faz pensar como a música..."como será a amanhã, responda quem poder...". Não se pode pensar em um vinte de novembro, tão "chôchô" como diria minha avó. Leiam e pensem bem... será que dar pra pensar num dia tão magrinho, aliás, tão "chôchô"?
O que querem?! com essas palavras bonitas? esse dia é muito importante para ser tão resumido.
Comissão discute programação do Mês da Consciência Negra
às 23:10 de 15/10/2011
Por Valéria Guimarães
Foto: Ascom Secult
Os preparativos para as comemorações do mês alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, foram discutidos na reunião da Comissão Organizadora do Mês da Consciência Negra em Alagoas, realizada nesta sexta-feira, (14), na sede da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
A reunião contou com a participação das instituições que compõem a Comissão, sob a coordenação da Secult. O objetivo da reunião é a elaboração do plano integrado das atividades comemorativas que ocorrerão durante todo o mês de novembro.
A comissão - composta por vários órgãos do Governo de Alagoas, Fundação Cultural Palmares, Prefeituras de União dos Palmares e Viçosa, Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Federação Alagoana de Capoeira - definirá a programação que será realizada durante todo o mês de novembro, além do conjunto de ações para a realização das atividades no dia 20, na Serra da Barriga.
Segundo o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, essa é uma ação que vem sendo desenvolvida com a parceria dos órgãos estaduais, municipais e demais entidades convidadas para que as comemorações aconteçam com a estrutura necessária, agregando as ações existentes em alusão ao dia 20 de novembro e ampliando a programação para outros municípios alagoanos.
“Esse é o terceiro ano que a programação se estende para outros municípios. Essa ampliação teve início em 2008, com a participação na programação dos municípios onde existem comunidades quilombolas. Estaremos agregando essas programações no Mês da Consciência Negra para cada vez mais difundir e valorizar essa data tão simbólica para Alagoas”, ressaltou.
Fonte: Agência Alagoas
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Ai Ai... como será o amanhã?
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Texto de: Nayanne Gomes.
Foi um dia quente e muito marcante na terra da liberdade, foi o dia que todos os representantes das religiões dessa terra boa se fez presente para rezar juntos e pedir bençãos para ela.
Devido ao sincretismo religioso adotado pela grande maioria dos terreiros em nosso pais, existem algumas divergências quanto a data correta de homenagem à Oxum. No Rio de Janeiro o sincretismo se dá com Nossa Senhora da Conceição, na Bahia, com Nossa Senhora das Candeias e em São Paulo, Nossa Senhora de Aparecida. Como se tornou hábito seguir o calendário católico para as homenagens sincréticas, o dia 12 de Outubro consagrado à Padroeira do Brasil passou também a ser o dia escolhido para nossos festejos à deusa das águas doces.
Há, evidentemente, muitas criticas quanto a essa falta de padronização em nossas datas umbandistas, já que muitas casas programam seus trabalhos em dias diferenciados até mesmo para fugir da comparação com a Igreja. Mas eu, particularmente, não vejo problema algum nesse quesito. Podemos sim, utilizar a data do santo católico para fazer nossas oferendas ao orixá correspondente. Acredito que a egrégora formada por milhões de pessoas vibrando por uma energia positiva, seja ela de um orixá ou de um santo católico apenas acrescenta à nossa fé sem desmerecer a nenhum lado e fortalecendo a tradição herdada de nossos antigos.
Já disse algumas vezes que nada tenho contra o sincretismo e até o defendo, não consigo tirar do meu congá as imagens católicas já arraigadas no contexto de nossos trabalhos. Claro que sempre explico aos médiuns as diferenças existentes entre um orixá e um santo, isso é fundamental quando nos propomos a estudar e vivenciar a Umbanda, mas esquecer tradições? Nunca! Eu não faço!
Então louvemos de coração aberto nosso orixá e nossa Padroeira, ambas, mães de todos nós!
A partir disso demos toda graça e louvores a nossas mães...
Ora Ie ie Oxum!
Salve Nossa Senhora Aparecida!
Editado por; Mãe Polly d'Yêmanjá
"Se você está triste, olhe o rosto de uma criança;
Se você está pensando que a vida não lhe sorrir, olhe para o sorriso de uma criança;
Se você não acredita em nada na sua vida, olhe para uma criança e acredite, DEUS acredita em você...
Criança, tem as iniciais do nome de Cristo, porque Cristo é tudo o que as crianças são... é um rosto belo, de um sorriso lindo que traz vida, sossego, Ele é para se acreditar, sempre".
Você sabe como surgiu o dia das crianças?! Nããããooo...legal, vem conosco do Kasuá, que você aprenderá.
O dia das crianças é uma data muito aguardada pelas crianças. Este é um dia somente delas, em que geralmente ganham presentes e a atenção especial dos pais. E é claro que para deixar esse dia mais feliz para o seu filho é muito importante que você passe para ele como surgiu o dia dele e a importância que essa data tem.
O Dia Mundial da Criança, oficialmente, é 20 de novembro, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Porém, a data efetiva de comemoração varia de país para país.
No Brasil o dia das crianças foi inventado por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a grande ideia de homenagear as crianças no ano de 1920. Foi a partir daí, com a aprovação de todos os outros deputados que o dia 12 de outubro ficou nacionalmente conhecido e foi oficializado pelo presidente Arthur Bernardes como Dia da Criança.
Mas a data só ganhou popularidade em 1960, quando a famosa fábrica de brinquedos Estrela, juntamente com a Johnson & Johnson fez uma promoção para lançar a “Semana do Bebê Robusto”; isso fez com que as vendas aumentassem e então a data começou a ser de fato comemorada e é claro, começou a distribuição de muitos presentes
No ano seguinte mais empresas aderiram a ideia da Semana da Criança para alavancar as vendas e foi então que os comerciantes de brinquedos ressurgiram o decreto que estabelecia o dia 12 como dia das crianças.
A maioria dos países comemora a data segundo a Organização das Nações Unidas determina; pelo decreto da ONU, o dia mundial das crianças é celebrado no dia 20 de novembro. Esta data marca a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças, que diz o seguinte: todas as crianças, independente de raça, credo, cor ou sexo têm direito a receber afeto, amor, compreensão, alimentação, cuidados com a saúde e educação gratuita; além de serem protegidas contra qualquer tipo de exploração.
Em outros países, assim como o Brasil há datas específicas reservadas apenas para os pequenos. Na Índia a comemoração acontece dia 14 de novembro que é o aniversário de Jawaharlal Nehru, o primeiro-ministro do país.
Em Portugal e Moçambique é no dia 1º de junho. Na Nova Zelândia as pessoas comemoram no primeiro domingo de outubro e as crianças escolhem um animal nativo do país para ser homenageado.
O Japão é que tem o dia mais curioso. No dia 5 de maio é comemorado o dia somente para os meninos; as famílias exibem capacetes de guerra e comem bolo de arroz recheado de feijões e bolo de arroz enrolado com folhas de bambu. As meninas comemoram no dia 3 de março com a tradicional festa das bonecas.
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS, é o desejo de todo o Templo Òrún Àyié d'Odé, dos Êrês Geremias e Malaquias.
O primeiro culto ecumênico público será realizado em União dos Palmares, terra de Zumbi, a terra da liberdade realizará o culto ecumênico onde terá representantes de todas as religiões.
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Pai Sérgio Tatá d'Odé. |
Pai Sérgio Tatá d'Odé foi convidado para fazer uma oração e unir forças junto a Oxalá para pedir muita proteção e paz para a cidade de União dos Palmares que fará no próximo dia 13 de Outubro 180 anos.
Confira a programação:
07 DE OUTUBRO: SEXTA-FEIRA
08:00h – Inauguração da Fábrica de Manilha
11:00h – Inauguração do calçamento do Timbó
15:00h – Inauguração da casa da sopa
17:00h – Inauguração do Telecentro – Bairro Roberto Correia de Araújo
10 DE OUTUBRO: SEGUNDA-FEIRA
09:00h – Inauguração do Posto de Saúde da Laginha
11:00h – Inauguração do Posto de Saúde do Muquém
15:00h – Inauguração do Laboratório de Endemias
11 DE OUTUBRO: TERÇA-FEIRA
08:00h – Inauguração da Reforma Casa do Agricultor e Implantação do
Programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)
15:00h – Inauguração dos bêcos: da AABB, Terra Cavada, Zé Mendes,
Zé Rosendo, Jaiminho, Castelo Branco e Nelcito Ribeiro.
16:00h – Inauguração do Calçamento do Bairro Abolição e Bairro Abdon Veríssimo
19:00h – Inauguração da Casa Maria Mariá
12 DE OUTUBRO: QUARTA-FEIRA
10:00h – Inauguração da Sede da Secretaria Municipal de Esportes
11:00h – Inauguração da reforma da Quadra de Areia – Avenida Monsenhor
Clóvis Duarte
Local: Praça Basiliano Sarmento
15:00h – Programação Dia da Crianças
20:00h – PEGADA SHOW MASSA
22:00h – BORA-BORA
00:00h – LIMÃO COM MEL
13 DE OUTUBRO: QUINTA-FEIRA
07:30h – Hasteamento da Bandeira
08:30h – Culto Ecumênico
Local: Prefeitura Municipal de União dos Palmares
11:00h – Inauguração da Praça Padre Cícero
15:00h – Desfile Cívico
Local: Avenida Monsenhor Clóvis Duarte
19:00h – CELEBRIDADES DO FORRÓ
22:00h – CONTÁGIO TROPICAL
00:00h – JOSÉ AUGUSTO
Local: Praça Basiliano Sarmento
Informações: Secom/PMUP
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Gostaríamos de deixar claro nossas desculpas e dizer que erramos ao não publicar quem foi a fotógrafa da festa dos Êrês em nosso terreiro.
OBRIGADO em maiúsculo a Brisa Andrade. Ela é criança e foi quem tirou as fotos da festa. Obrigado e Parabéns!!
Pai Sérgio Tata d'Odé.
Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Uma cerimônia ocorrida na noite desta sexta-feira, 30, no Plenário da Câmara de Vereadores de União dos Palmares, apresentou a nova chefa da Fundação Cultural Palmares em Alagoas, Genisete de Lucena Sarmento, que tomou posse no cargo há cerca de um mês.
O ato reuniu representantes de instituições governamentais, como o Incra, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o ex-deputado estadual Paulo Fernando dos Santos (Paulão), representantes das comunidades quilombolas e religiões de matrizes africanas, além de vereadores do município e sociedade palmarina.
A delegada do MDA, Sandra Lima, em sua fala, destacou a importância da nova representante da Palmares no Estado, frisando que é necessária a integração de um conjunto de políticas públicas para os quilombolas, tendo em vista a importância destes, que mesmo numa luta recente, devem ser reconhecidos.
Representando as religiões de matrizes africanas, a ialorixá Mãe Neide Oyá d´Oxum, do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), falou da parceria da Fundação Palmares com o Gesb e destacou a importância de uma mulher estar na Palmares, esperando a continuidade do apoio da Fundação, aos projetos sociais desenvolvidos pela Mãe Neide, que atende crianças carentes na capital e interior.
O Pai Sérgio Tatá d'Odé, falou da alegria em ter Genisete Lucena como representante da Palmares no Estado, destacando que as religiões de matrizes africanas em Alagoas esperam da Fundação uma maior atenção e apoio aos projetos desenvolvidos pelos religiosos e clamou as Orixás Obá e Yansãn que proteja e deem forças a ela para que a mesma possa ter uma boa administração.
A nova diretora do Incra em Alagoas, Lenilda Lima, disse que "precisamos de um país de igualdade, com desenvolvimento e distribuição de renda", destacando que o Brasil tem uma dívida muito grande com as mulheres e os negros e que é preciso trabalhar de forma articulada, atendendo a todos os segmentos sociais.
O vereador e líder do governo, Fabian Holanda, falou da alegria e importância de ter uma pessoa da terra representando a Fundação Palmares no Estado. O vereador destacou o conhecimento da nova diretora, que quando vereadora por seu município conhecia profundamente o regimento interno da casa, fato esse que a destacava em plenário. Fabian ressaltou que o Poder Legislativo está de portas abertas para discutir projetos da Fundação e unir forças em prol de melhorias para o município.
O ex-deputado estadual Paulão (PT), disse que o orçamento da Fundação Palmares é pequeno, por isso é preciso fazer parcerias dentro do orçamento da União e ter a colaboração da sociedade. O ex-deputado disse que se sente honrado em ter um membro do PT assumindo a Palmares, observando que o desafio da nova representante não é fácil, mas que as parcerias irão fazer com que os avanços ocorram.
Encerrando o evento, a nova representante da Fundação Cultural Palmares em Alagoas, Genisete de Lucena Sarmento, disse dar alegria em ter assumido esse cargo e disse que neste um mês de Fundação, já teve avanços em relação aos quilombolas. Genisete esteve na Conab discutindo a questão da entrega de cestas básicas há algumas comunidades quilombolas que estavam sem receber, regularizando as mesmas.
Já na questão da titulação de terras nas comunidades remanescentes de quilombo, Genisete disse que em reunião com o Incra, pode explanar essa situação e conseguir já para o próximo 6 de outubro, a visita de representantes do órgão para conversar com as comunidades.
Em relação à Serra da Barriga, a nova diretora disse que terá uma atenção especial ao Parque Memorial e frisou que sua preocupação é a mesma do Presidente da Palmares, Elói Ferreira, que em visita à Serra da Barriga no mês julho, disse que o Parque não será esquecido.
Encerrando seu pronunciamento, Genisete Sarmento disse que o cargo lhe compete muito trabalho e destacou que irá conversar com todos os movimentos, órgãos governamentais e entidades no Estado, para que possam ser parceiros nos projetos da Palmares. “Irei dar atenção especial a todas as comunidades quilombolas e religiões de matrizes africanos em Alagoas”, concluiu.
Mais Fotos - Crédito: João Paulo Farias
Foto: Nádia Seabra
Seja bem vinda Genisete Sarmento!!!
Salúba Nanã, salúba!!
A Deusa mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição. Conforme a tradição afro-brasileira, Nanã além de ser a mais antiga das divindades, foi também a primeira esposa de Oxalá. A mais velha deusa da água está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência, é capaz de castigar com a intenção de educar. Nas cerimônias da umbanda é conhecida como vovó. As pessoas consideras filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias e introvertidas. Seguras e equilibradas em tudo o que fazem, gostam de ajudar as pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade. Quando precisam desenvolver algum trabalho, mesmo que exija rapidez, sabem usar da paciência como se tivessem todo o tempo do mundo para sua execução.
Dia da Semana: Terça-feira
Saudação: Salubá Nanã!
Cores: Azul escuro, branco ou lilás.
Símbolo: Ibiri
Alimento Principal: Repolho roxo cozido e pipoca
Ciganos são uma classe de espíritos que incorporam nos terreiros de umbanda.
Entidades ciganas.
História pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.
Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.
Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.
Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.
Ossãin, deus das folhas, das ervas!!!
OSSÃIN/ OSSAIM/ OSSÃNIN
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande (ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folhas possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam do panteão Jeje assimilado pelos Nagôs, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.
Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.
Características dos filhos de Ossaim
Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.
São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.
Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.
Dados
DIA: Quinta-feira.
CORES: Verde e Branco.
SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).
DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.
SAUDAÇÃO: Ewé ó!
Joãozinho da Goméia
Nasceu em 27 de março de 1914 em Inhambupe, Bahia. Sua família era católica e chegou a ser coroinha da paróquia de sua cidade. Mas o menino parecia realmente já vir predestinado a vivenciar o mundo das tradições religiosas afro-brasileiras, mesmo antes de se iniciar em uma casa de culto.
Na pequena cidade onde nasceu, distante 153 km da capital, aos 10 anos já demons-trava sua forte personalidade, como bom filho de lansã. Aos 17, deixou a família e rumou para Salvador, onde fez de tudo para sobreviver. No armazém onde trabalhou, conheceu uma senhora que muito lhe ajudou e que considerava como sua madrinha. Foi ela quem o levou ao terreiro de Severiano Manuel de Abreu, que recebia a entidade conhecida como Caboclo Jubiabá.
MESMO CONSCIENTE DA GENEALOGIA E HIERARQUIA DOS DEMAIS TERREIROS, CONSEGUIU IMPOR SUA AUTORIDADE E SE LEGITIMOU AO LONGO DOS ANOS
Uma das muitas histórias que se conta sobre sua iniciação é o fato de Joãozinho sofrer de fortes dores de cabeça sem explicação ou cura por meio da medicina. Assim que se realizou sua feitura, as dores de cabeça cessaram; teriam sido apenas um aviso de que o menino já vinha com o destino traçado pelos Orixás, que cobravam sua iniciação.
Em torno da figura de Joãozinho da Goméia sempre houve muita polêmica; para muitos, que buscavam formas de criticá-lo, sequer teria sido "feito". Mas há filhas-de-santo de Pai Joãozinho que contam todo o seu processo de iniciação. Uma delas, aos 92 anos declarou ao jornal Correio da Bahia que tinha dúvidas de que, se ele fosse vivo, alguém tivesse coragem de contradizê-Io.
1971 MORRE O GRANDE BABALORIXÁ
JOÃOZINHO DA GOMÉIA
O dia em que o Candomblé chorou!
19 de março de 1971 - o dia da semana era sexta-feira, fatídico para alguns, benéfico para outros. O local, Rua General Rondon, 360, bairro Copacabana, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Já passava das nove horas e o relógio em breve faria soar as dez badaladas. De repente, um silêncio se faz sentir; as poucas pessoas que ali se encontravam se entreolham assustadas. Parecem hipnotizadas, presas ao chão. Na face de cada uma, a palidez, o medo.
No enorme galpão, uma imagem de lansã se desprende da parede atrás de uma imponente cadeira. Cai ao chão e a deusa se desfaz em dezenas de pedaços. Um vento frio sopra e redemoinhos se formam levantando poeira; o céu se cobre de nuvens pretas como se vestisse luto, onde antes brilhava o solou se via o azul.
O vento uivante aumenta de intensidade e as pessoas começam a se mexer. Muitos diriam, depois, que os gemidos do vento mais pareciam lamentos de Omolu, o guardião dos cemitérios.
Assustados e talvez adivinhando as razões de tão estranhas manifestações da Mãe Natureza, alguns correm ao pátio: o pé de jurema, a árvore sagrada, começa a murchar, a canjica azeda minutos depois de colocada aos pés do Orixá. Nesse instante todos tiveram conhecimento do que estava ocorrendo e lágrima silenciosas começaram a descer nas faces negras e a molhar as vestes brancas. Os atabaques gemeram e choraram e, no gemido de seu couro, transmitiram ao Céu e à Terra os lamentos de uma dor que se espalharia por todo o Brasil.
Tudo isso se passou na roça de joãozinho da Goméia. No mesmo instante, a 400 quilômetros de distância, o Rei do Candomblé, maior propagador dos ritos afro-brasileiros, mais antigo e respeitado sacerdote do Brasil, deixava o mundo dos vivos, desencarnara e partira para o Reino de Oxalá - o Pai Supremo.
São Paulo, Hospital das Clínicas, 9 horas e 50 minutos, sexta-feira. Num leito branco, um homem moreno, forte, grandalhão e de finos traços trava uma batalha com a morte. Seu rosto é tranqüilo, aparentando uma enorme paz interior. Nas têmporas, os cabelos ralos já agasalham a neve dos anos que sobre eles passaram: retratam as dores, os sacrifícios, as lutas e os sofrimentos.
Ao seu lado os médicos se empenham para impedir os desígnios da morte, que quer levar mais um tributo e eles não concordam. O combate é desigual: de um lado, os fracos conhecimentos e as desvalidas forças do ser humano; do outro, os misteriosos poderes extraterrenos.
A luta é árdua; há muitas horas o combate se trava num vaivém irritante. Em momentos, parece que os médicos conseguirão enganar a morte; em outros, a vitória pende para esta. De um lado, os médicos de branco, cor tão querida e amada por aquele homem que ali se encontra sem poder participar da batalha. Ele, que durante toda a vida foi um valente que nunca fugiu à luta, não sabe que do outro lado o espectro da morte tenta arrebatar-lhe a vida, a alma. Seu espírito, este sim está vendo tudo, sabe até o destino que lhe é reservado, só que não pode intervir. Ele, o espírito, o motivo da batalha, dela não pode participar. Altos desígnios, mais fortes do que ele, presidem todos os detalhes do combate. Como humilde servidor desses desígnios, só lhe cabe apreciar os lances. Mesmo sabendo que no final o prêmio do vencedor será ele próprio.
A batalha chega ao fim - João Alves Torres Filho, o doente que os médicos não conseguiram salvar - talvez porque Oxalá houvesse decidido em contrário¬entrega sua alma ao Mestre Supremo.
Joãozinho da Goméia morreu aos 57 anos, 40 dos quais dedicados ao Candomblé. Desencarnou no dia de São José, oito dias antes de completar 57 anos. Por estranha coincidência, no dia de sua morte sua roça em Duque de Caixas iria promover o Lorogun - uma das grandes cerimônias do Candomblé que significa o fechamento do terreiro para o período da Quaresma.
Em dezembro ele pretendia promover uma grande festa para lansã, sua protetora. Oxalá, porém, decidiu que sua missão na Terra estava terminada.
Quando seus filhos-de-santo receberam a notícia de sua morte, o pranto e a dor tomaram conta de todos. Uma histeria coletiva jamais vista fora de um terreiro levou quase à loucura milhares de pessoas que se aglomeravam em frente ao hospital. Mulheres choravam, entravam em transe, desmaiavam; os homens murmuravam preces por sua alma e gritavam: - Pai, me leva com você!
Ao se confirmar a triste verdade, os atabaques começaram a marcar em toques fúnebres, anunciando a dor da perda irreparáveI. Todos ficaram inconsoláveis, mas mesmo assim lembraram de render tributo a Oxalá, pedindo que recebesse o filho amado de braços abertos. Para eles, o grande sacerdote apenas desencarnara, ganhando uma estrada de estrelas para chegar ao Reino de Oxalá.
Há muito joãozinho da Goméia se encontrava doente, e nos últimos meses queixava-se de fortes dores de cabeça. Os médicos encontraram a causa das terríveis dores do Rei do Candomblé: Na parte frontal da cabeça, em local de difícil exploração, formara-se um tumor, e sua localização tornava perigosa qualquer intervenção cirúrgica. Após comunicarlhe os perigos que correria, indagaram se deviam ou não operá-Io. Joãozinho não pensou nem um segundo para responder: - Podem operar, seja feita a vontade de Deus.
Às 8 horas e 15 minutos de sábado o corpo foi liberado para o transporte ao Rio de janeiro. No carro funerário foi o corpo, atrás caravanas de I 5 federações de São Paulo e dezenas de carros de fiéis. O motorista diria depois: - Em 19 anos de profissão, nunca vi tanta gente acompanhar um corpo.
"Se eu morrer, quero que todos os meus filhos-de-santo continuem fazendo caridade. E que se esforcem para que o Candomblé do Brasil seja, cada vez mais, encarado com seriedade e respeitado por todo o mundo"
Site: Oriaxe.com.br