segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O fenômeno da morte explicado pelo Grupo Espírita Bezerra de Menezes


São 12 (doze) perguntas feitas por leitores do nosso blog e respondidas pelo Grupo sobre o fenômeno da morte.

1- O que acontece com o nosso Espírito quando morremos?
Continuamos com nossa individualidade, isto é, teremos os mesmos conhecimentos, qualidades e defeitos que tivemos em vida. A morte não nos livra das imperfeições. Seguiremos pensando da mesma forma. Nosso Espírito será atraído vibratoriamente para regiões astrais com que se afiniza moralmente. Se formos excessivamente apegados à vida material, ficaremos presos ao mundo terreno, acreditando que ainda estamos fazendo parte dele. Essa situação perdurará por certo tempo, até que ocorra naturalmente um descondicionamento psíquico. A partir desse ponto, o Espírito será conduzido às colônias espirituais, onde receberá instrução para mais tarde retornar à carne.

2-Todos os Espíritos podem se comunicar logo após sua morte?
Sim, pelo menos teoricamente, todos os Espíritos podem se comunicar após a morte do corpo físico. Porém, a Doutrina Espírita nos ensina que o Espírito sofre uma espécie de perturbação (que nada tem ver com desequilíbrio) que pode demorar de horas até anos, dependendo do tipo de vida que tenha tido na Terra e do gênero de sua morte. Os Espíritos que são desprendidos da matéria desde a vida terrena, tomam consciência de que estão fazendo parte da vida espírita bem cedo, porém aqueles que viveram preocupados apenas com seu lado material permanecem no estado de ignorância por longo tempo. Dado o pouco adiantamento espiritual dos habitantes do planeta, pode-se concluir que as mensagens mediúnicas creditadas a pessoas famosas que desencarnam precocemente, não merecem credibilidade.

3- O que acontece com os recém-nascidos que logo morrem? E por que isto acontece?
O Espírito de criança morta em tenra idade recomeça outra existência normalmente. O desencarne de recém-nascidos, freqüentemente, trata-se de prova para os pais, pois o Espírito não tem consciência do que ocorre. A maioria dessas mortes, entretanto, é por conta da imperfeição da matéria.

4- Se uma criança desencarna de acidente na idade de 11 anos, ela é socorrida pelos Espíritos na mesma hora?
Os desencarnes súbitos, de uma forma geral, são muito traumáticos para o Espírito. Allan Kardec diz que no processo de desencarne, todos sofrem uma espécie de "perturbação espiritual", que pode variar de algumas horas a anos, dependendo da evolução de cada um. Nos desencarnes convencionais geralmente os Espíritos permanecem sem consciência do que lhe aconteceu por um certo tempo e, se têm merecimento, são recolhidos às colônias socorristas existentes próximas da crosta terrena. Ali são devidamente atendidos. Nos casos de desencarne de crianças, suspeita-se que sejam atendidas de imediato pela Espiritualidade, em função de estarem num estado psíquico especial, próprio da infância. Não estando de posse de todas as suas faculdades, não seria lógico admitir que ficassem em estado de sofrimento por causa dos atos da vida. Claro, a responsabilidade aumenta na medida em que a maturidade avança, criando condições para o Espírito ficar em estado de sofrimento por um tempo mais longo, se for necessário. Não há uma idade definida, que marque o início da fase adulta, assim como não há um ponto definido que separe o dia da noite. Em determinado período se confundem, mas acabam se definindo a seguir. De uma maneira geral, pode-se concluir que todos os Espíritos que desencarnam em fase infantil são imediatamente atendidos pela Espiritualidade.

5- Porque pessoas jovens, boas, desencarnam prematuramente, enquanto há pessoas más que vivem por muitos anos?
Se olharmos as coisas dentro da ótica materialista, certamente não encontraremos resposta para esta delicada questão. Se, no entanto, partirmos do princípio que somos seres imortais e que estamos em uma escalada evolutiva em direção à perfeição, compreenderemos com facilidade que a vida terrena é apenas parte desse processo. A verdadeira vida é a espiritual e quando encarnados cumpre-se as etapas necessárias ao aprimoramento do Espírito imortal. As diferenças existentes entre as pessoas são as várias etapas em que o Espírito se encontra em termos de evolução. O viver muitos anos, portanto, é muito relativo. A vida terrena é a escola que a criatura precisa para se aprimorar e o tempo que deve demorar aqui depende de sua necessidade. Os Espíritos bons, geralmente necessitam mesmo de menos tempo.

6- Uma criança, quando desencarna, seu Espírito terá a mesma idade que ela tinha, quando era encarnada?
Sim, dependendo no entanto de sua maturidade espiritual. O Espírito, quando desencarna, permanece com os mesmos condicionamentos mentais que tinha na Terra, até que se conscientize de sua real situação. Permanecerá em estado de criança ou de adolescente, por um determinado tempo, dependendo de sua evolução, ou seja, de seu grau de entendimento, até que adquira plena consciência de sua condição e de suas necessidades. Isso, geralmente acontece com Espíritos que ainda estão em situação de pouca evolução espiritual. Por isso, nas colônias socorristas próximas à crosta terrestre, encontram-se Espíritos em condição de crianças e adolescentes. Deve-se saber, entretanto, que esta situação perdura apenas por um determinado período.

7- Quando uma pessoa morre de morte acidental, por exemplo por afogamento, e ainda é muito jovem (18 anos) como fica o seu Espírito?
Todas as pessoas, ao desencarnarem, passam por um período mais ou menos longo de perturbação espiritual, podendo durar de algumas horas a anos, dependendo de seu grau evolutivo. Quando o Espírito é muito jovem, e certamente experimenta uma vida de muita atividade, pode permanecer sem entender sua situação por um tempo, como pode ser logo socorrido pelos Espíritos amigos que trabalham nessa área. Isso vai depender do seu merecimento. Se permanecer revoltado por ter retornado cedo, criará para si um ambiente vibratório ruim, que o levará a experimentar grandes dores morais nas zonas de sofrimento.

8- Os Espíritos ao desencarnarem conservariam intacta suas auras externas ? Seriam ainda emanações de seu perispírito?
Aura é um termo utilizado no meio espírita, originada do esoterismo, e se refere à atmosfera fluídica criada em torno da pessoa pelas emanações energéticas do seu corpo espiritual. Allan Kardec não deu atenção a isso na Codificação, por se tratar de assunto de pouca importância para a compreensão da ciência dos fluidos. A "aura" nada mais é do que um efeito, causado pela irradiação íntima do Espírito. Não, a "aura" não é uma emanação do perispírito que, por si mesmo, nada é, a não ser uma massa fluídica estruturada pelo Espírito com sua projeção interior, para se manifestar no mundo exterior.

9- Quando desencarnamos, sendo levados para as colônias socorristas, teria como nossos entes queridos ficarem sabendo em qual delas nos encontramos?
Se forem entes desencarnados, isso dependerá da afinidade espiritual existente entre o nosso Espírito e os deles. Também se deverá levar em conta a condição evolutiva de cada um. Se são pessoas muito diferentes em moralidade, certamente irão para lugares distintos. Os mais atrasados podem desconhecer onde estão os mais adiantados. Os que nos precederam, dependendo de suas condições espirituais, poderão nos amparar no momento do desencarne e, evidentemente, saber para onde vamos.
Se a informação refere-se aos entes que ficaram no mundo material, eles poderão saber as condições do Espírito desencarnado, ou o lugar onde se encontra, evocando-o numa sessão prática de Espiritismo feita por grupos sérios.

10- O que acontece ao nosso anjo da guarda quando desencarnamos?
O anjo de guarda é um Espírito protetor de uma ordem elevada que Deus, por sua imensa bondade, coloca ao nosso lado, para nos proteger, nos aconselhar e nos sustentar nas lutas da vida. Cumprem uma missão que pode ser prazerosa para uns e penosa para outros, quando seus protegidos não os ouvem seus conselhos.
Quando desencarnamos, ele também nos ampara e freqüentemente o reconhecemos, pois, na verdade, o conhecemos antes de mergulhar na carne. Claro que tudo depende da condição evolutiva da pessoa em questão. O anjo da guarda poderá também nos guiar em outras experiências, por muitos e muitos tempos.

11- Todos os Espíritos sem exceção, mesmo os sofredores, podem conhecer a intimidade dos nossos pensamentos?
Para os Espíritos nada há que seja escondido. O pensamento é a forma de comunicação no plano invisível. Quando se emite um pensamento, ele impregna o ambiente e logicamente os que estão na dimensão espiritual o captam com facilidade. Quanto a conhecer na intimidade o que vai na alma de cada um, depende do estado mais ou menos lúcido do desencarnado em questão e ainda de suas condições morais. Como regra geral, pode-se afirmar que uma natureza má simpatiza com uma natureza má que lhe conhece a intimidade. Assim também é com os bons Espíritos. Os Espíritos sofredores podem estar passando por um período de perturbação (mais ou menos longo, conforme o caso) e não se encontrarem em condições de sondar a intimidade daqueles com quem tinham relações. Porém, não deixam de sofrer as influências vibratórias das coisas boas ou ruins que forem feitas por essas pessoas.

12- É possível, mesmo a pessoas menos esclarecidas, a comunicação com entes desencarnados a que foram intimamente ligados na Terra, e dos quais sentem muitas saudades?
Sim é possível, pois o intercâmbio entre os dois mundos é muito fácil e comum. Mas deve-se ter muito cuidado com as comunicações ditas de parentes desencarnados, pois como se sabe, embora a mediunidade seja um fator ligado à potencialidade orgânica, o uso que se faz dela depende da moral do médium. Muitas vezes não há como identificar se aquela comunicação é autêntica, principalmente se é dada por médiuns sem preparo para a tarefa. Freqüentemente ligam-se a esses, Espíritos enganadores que se comprazem em brincar com a dor alheia, ou então que querem estimular o ego do médium, emprestando a este uma importância que não tem.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.
Pelo: Grupo Espírita Bezerra de Menezes.

domingo, 27 de novembro de 2011

As pedras e os animais de cada Orixá...

Cada Orixá tem suas pedras preciosas, hoje fazemos um post sobre as principais pedras condizentes a cada um. Assim como os metais, adquirir uma pedra bruta, lapidada ou mesmo como pingente de seu orixá e carregar sempre consigo. ajuda a manter a ligação energética com ele. Sempre lembrando que ela deve ser levada ao terreiro para imantação e cruzamento e usada conforme determinação da entidade chefe.

Oxalá - Quartzo branco
Iemanjá - Água marinha
Oxum - Safira 
Iansã - Citrino
Xangô - Cornalina
Ogum - Rubi
Nanã - Ametista
Oxóssi - Jade
Obaluaiê - Ônix
Ibeji - Turmalina rosa
Exu - Ágata.

Recebi alguns e-mails com dúvidas quanto a esse assunto e esta semana resolvi atende-los. Lembrem-se que a Umbanda não faz sacrifícios de espécie alguma, portanto, a lista abaixo é composta por animais que, energeticamente  combinam com o reino de atuação de cada orixá. São considerados amuletos de cada um deles e nada tem a ver com os trabalhos realizados nos terreiros. Vale pelo aprendizado de sabermos que se nossa fé é relacionada às forças da natureza os animais não poderiam ficar de fora.

Oxalá – Carneiro
Iemanjá – Peixe
Oxóssi – Pavão
Obaluaiê – Cachorro
Ogum – Cavalo
Oxum – Canário
Nanã – Rã
Iansã – Borboleta
Xangô – Leão, tartaruga
Exu – Gato
Ibeji – Coelho.

Obs.; Tanto as pedras e os animais aqui exposto, não segue como uma regra para todas as Casas de Axés, cada uma tem a sua regra o que vale mesmo é ouvir o que pede o seu Orixá!

Editado por Mãe Polly d'Yêmanjá.
Do blog do amigo; Luiz Carlos Pereira.

A Umbanda e suas imantações... a água.


A água é o elemento primordial de muitas entregas e rituais preparados na Umbanda. É muito comum ouvirmos nos terreiros que sete águas serão usadas para determinado fundamento. Listo abaixo os oito tipos mais comuns e suas respectivas imantações energéticas. Eu sei você vai se perguntar, como assim oito? Explico: Dentre elas está o orvalho que, por ser muito delicado e conseguido apenas em porções mínimas é normalmente substituído pela oitava. 
Pedra Imantação de Xangô. Água retida em saliências entre pedras. Utilizada para atração de força física, disposição, boa-vontade e sabedoria.
Mar Imantação de Iemanjá. Imã de energias negativas, anti-séptico e cicatrizante. Atrai fertilidade, calma e harmonia.
Mina Imantação de Oxum e Nanã. Atrai força, vitalidade e boas vibrações por isso é bastante indicada para firmeza das quartinhas de assentamentos.

Chuva Imantação de Nanã e Oxum. Descarrega, limpa e purifica. Muito usada para fundamentar quatrilhões de porteiras. 

Cachoeira Imantação de Oxum e Xangô. Trabalha os sentimentos atraindo alegria, jovialidade e saúde.

Rio Imantação de Oxum. Traz determinação e garra. Atrai bons pensamentos e pureza de sentimentos.

Poço Imantação de Nanã - Trabalha a resistência e a força mental. Atrai sabedoria e paciência. 
Orvalho Imantação de Oxalá. Deve ser recolhido das folhas, ao amanhecer. Utilizada para atração de calma, paciência e fecundidade.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

O Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé, esteve presente na inauguração do forno no Muquém - União dos Palmares/ Al.

Numa noite de Quinta-feira fomos chamados para benzer o forno que irá cozinhar todos os trabalhos cerâmicos produzido pelo Muquém. Chamados pela Presidenta da Associação Àdapo, Maria das Dores carinhosamente chamada de Dorinha, logo garantimos a presença e as bençãos e tudo foi muito bonito e nós do Templo Espírita Òrún Àyié d'Odé, desejamos muitas coisas boas abençoadas pelas mãos de Oxalá, de Mãe Nanã e dos Pretos Velhos. 
Axé!
Pai Sérgio Tatá d'Odé, Mãe Polly d'Yêmanjá e Abyã Joelma.









Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

domingo, 20 de novembro de 2011

Vamos nos unir!!

sábado, 28 de Abril de 2012
Hora: 12:00 até 18:00
http://marchadoaxe.com.br/images/stories/marcha_2012.jpg

Descrição 
CONVITE - QUAL O TAMANHO DA SUA FÉ! SERÁ QUE NÃO PODEMOS DEIXAR RESERVADO UM DIA DA NOSSA VIDA PARA CONSTRUIR UMA UNIDADE E REALIZAR UM EVENTO ONDE POSSAMOS MOSTRAR QUEM SOMOS E O QUE PRATICAMOS? ENTÃO... Se você é da Umbanda, Candomblé, Catimbó, Jurema, Espiritualista e espíritas em geral, Capoeira, Afoxé, Samba e Maculele deve participar da mobilização e estar presente.

Você que se sente "interditado", excluído, marginalizado, silenciado, perseguido, vilipendiado, assustado, receoso e desamparado nos seus direitos sociais e na sua liberdade religiosa por conta das ações e praticas das religiões eletrônicas neo pentecostais corrupta, que usa do poder financeiro, político e estrutural para querer impor sua visão religiosa e nos privar de tudo que é nosso por direito. Deve apoiar e participar.

VOCE PODE FAZER A DIFERENÇA. NESTA LUTA POR NOSSOS DIREITOS!

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.


Uma das histórias de Exú Marabô.



O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas.
Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!
Obs.: A Falange do Exu Marabô é formada por inúmeros falangeiros que levam seu nome e esta é apenas uma das muitas histórias que eles têm para nos contar.

Editado Por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Fuja disso... cuidado!!


Todos os dias vejo muitas placas com esse tipo de informação. Hoje, porém, uma bem em frente ao ponto de ônibus, me chamou especialmente a atenção, dizia ela: 
"Mãe Cotinha D’Oxum, recém-chegada da Itália, com cinqüenta anos de Umbanda, respeitabilidade e confiança. Traz seu amor de volta em 24 horas. Amarrações em três dias. Trabalhos infalíveis".
É essencial que seja explicado a você que se sentiu tentado a procurar a tal senhora, o quanto esse tipo de chamado é mentiroso e esconde segundas intenções que fatalmente atingirão seu talão de cheques em cheio. Se ela realmente tem o poder enunciado, com absoluta certeza não é da religião que apregoa. Na Umbanda esse tipo de trabalho é rigorosamente proibido, temos como regra jamais fazer nada que possa interferir no livre arbítrio de alguém e nada pode atingi-lo mais que uma amarração. Procurar alguém que faz esses anúncios pode levá-lo a envolver-se com baixa magia, ficando a mercê de espíritos trevosos que são os únicos dispostos a fazer algo do gênero. Deixe a vida correr normalmente, não se desespere para conseguir algo que não é seu de direito. Reflita sobre o quanto valem algumas semanas de falsa felicidade, comparadas a anos passados ao lado de alguém que já não significa nada para você. Pois é exatamente isso o que acontece quando se tenta amarrar alguém, o máximo a se conseguir será a companhia, o amor nunca. Estando amarrada, a pessoa ficará eternamente ao seu lado, mesmo que no íntimo desespere-se com a situação. Nesse ponto você passará a ocupar a vaga de ser mais odioso do planeta, na visão do amarrado. Ao mesmo tempo um novo amor que surja em sua vida – e que talvez seja o verdadeiro – estará totalmente fora de se alcance. Será que vale a pena? Gastar muito dinheiro, conseguir alguém por um curto período e ficar preso pelo resto da vida a alguém que afinal nem era o que se pensava? Tomar contato com espíritos de confiabilidade baixa e temperamentos duvidosos? Perder o grande amor que pode surgir quando já não puder voltar atrás? Eu mesma respondo. Não! 
Fujam das madames, "mães" e "pais" encontrados em qualquer poste, mesmo que tenham passado pela Itália, França e Bahia (eles insistem nesses três) a não ser que faça questão de ignorar tudo que tentei explicar neste pequeno espaço. E se mesmo lendo tudo isto preferir procurar um desses anunciantes, tudo bem, siga seu livre arbítrio.


Do blog: A Umbanda como ela é!

Está chegando o dia de Yansã!!

Dia quatro de Dezembro é dia da deusa protetora do ar e das ventanias e tempestades!! Êparrey Yansã!!

Que Oya nos abençoe neste dia... 
Êparrey Yansã minha mãe.... 
Êparrey Yansã... 

"Para onde vai a minha vida e quem a leva? 
Porque eu faço sempre o que não queria? 
Que destino contínuo se passa em mim na treva? 
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?" 
(Maria Bethania) 

Orixá feminino, filha de Oxalá e Yêmanjá, Rainha dos ventos e das tempestades, deusa dos relâmpagos, temperamental, autoritária, Iansã sabe fazer prevalecer a sua vontade, sabe defender o que é seu e sabe demonstrar todo o seu grande amor e alegria. O devoto tem de estar convicto da sua crença, nunca pestanejar no culto desta Deusa magnífica. 
Yansã jamais abandona os seus filhos, lutando como um tigre para protegê-los de todos os males, além de ser incentivadora dos estudos, invenções, pesquisas científicas e das artes. 
No sincretismo religioso, Yansã é representada por Santa Bárbara, quando se manifesta como Yansã-Oiá, ou por Santa Joana D'Arc, quando se manifesta como Yansã de Balê (ou seja, do fogo), Yansã-Funã sincretizada como Santa Maria Madalena. 
Na Umbanda, sua cor é amarelo, coral em alguns terreiros, também o azul, usado em toalhas, guias, roupas, enfeites e outros haveres, aceitam velas azuis-claras, vermelhas e brancas, no Candomblé, é o vermelho. Suas insígnias são o cálice, a espada e o leque. 
Seus cânticos, geralmente, demonstram autoridade, independência, poder de decisão, em seus pontos é comum fazer referências a Xangô (seu esposo), devido a ser fiel propagadora dos idéias de justiça do Orixá Xangô. 
Nas giras, nos terreiros, os médiuns incorporados, executam uma dança expansiva, ficam com atitudes elegantes, gestos ativos, ocupando amplo espaço, girando, tornando-se o centro das atenções do terreiro. 
O dia consagrado a Yansã é a quarta-feira, seu mês é o de Dezembro, seu elemento é o vento, seus domínios são os ventos e as tempestades. 
O local de entrega de obrigações podem ser junto ás oferendas de Xangô, poderá ser no alto de pedreiras, ou perto de bambuzais ou beira de cachoeiras, longe da queda d'água.

Editado por: MãePolly d'Yêmanjá.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amanhã a Umbanda está em festa!


Terça, 15 de Novembro · 00:00 - 09:30

Participação: Todo o Mundo

No dia da Umbanda, acenda uma vela branca, pedindo aos Orixás para que vibrem o amor, harmonia e a paz no coração de cada ser humano. Simbolizando também a união de todos os Umbandistas e simpatizantes da Umbanda no mundo inteiro.


Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Adeptos do candomblé pedem o tombamento da Pedra de Xangô Trata-se de um monumento considerado sagrado pelos religiosos. Uma construtora estaria querendo implodir a pedra, que fica em Salvador.


Representantes do candomblé fizeram um protesto na quarta-feira passada, dia dois de Novembro, em Salvador, ao lado da Pedra de Xangô, monumento considerado sagrado pelos religiosos. Eles querem o tombamento da pedra, que fica no bairro de Fazenda Grande II. Pela manhã, pessoas ligadas ao candomblé foram ao local limpar a pedra. Emocionadas, elas cantaram para pedir o tombamento da pedra.

Segundo Mãe Iara D'Oxum, o projeto de tombamento já foi enviado ao Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia). Ela conta que uma empresa planeja implodir a pedra para construir um prédio.

“A nossa reivindicação, do povo de santo, do afrodescendente, é pela preservação da nossa história, pela preservação do nosso meio ambiente, pela preservação desse grande altar”, pontua Mãe Iara D'Oxum.

A Pedra de Xangô é um monumento sagrado do candomblé, onde são feitas oferendas. Os mais velhos contam que durante a escravidão, os negros que tentavam escapar usavam as aberturas que a pedra tem para se esconder.
O Ipac informou que recebeu terça-feira, última, dia primeiro, uma solicitação da Fundação Pedro Calmon para o tombamento da Pedra de Xangô e vai analisar o pedido.

Louvemos a Xangô que eles aceitem o pedido de tombamento de sua pedra.

Texto editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Casal realiza 1º casamento civil de Salvador em um terreiro de candomblé, a Constituição permite esse tipo de celebração desde 1988. Italiano e baiana se conheceram pela internet.



O primeiro casamento civil de Salvador realizado em um terreiro de candomblé ocorreu neste sábado (29), no bairro de Massaranduba. Desde 1988, a constituição brasileira permite esse tipo de celebração, mas faltava a regularização dos terreiros. 
"Estando os terreiros regularizados, com os estatutos discriminando quem são os celebrantes, os presidentes das solenidades, a Justiça aceita isso como representação no terreiro para que seja feito o casamento religioso com efeito civil", explica Alberto dos Santos, juiz.
O dia foi de preparativos, com todo o simbolismo que a tradição da religião exige. Primeiro houve a separação das folhas da pitangueira. "As folhas representam o caminho", explica uma das organizadoras do evento. No barracão, incenso para purificar o ambiente. Um tapete de folhas e pétalas foi preparado para o casal. O noivo chegou ao terreiro ao som do berimbau e quando a noiva entrou no terreiro os alabês deram o toque nos atabaques.
A cerimônia durou 40 minutos e foi marcada pela emoção dos noivos e da família. A baiana Camila e o italiano Massimo se conheceram pela internet, se apaixonaram e mesmo não sendo iniciados na religião afrobrasileira, resolveram se casar no candomblé.
"É a religião que mais se aproxima da nossa ideia de energia, de vida, de tudo", justifica Massimo Rangoni, empresário.
"Que isso aconteça mais vezes em Salvador, que é a terra do axé. Deus é um só e tendo fé isso é o que vale", conclui Camila Rangoni, secretária.

Texto editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Continuando a prosa... Logum Edé é salvo das águas.


Logum Edé era filho de Oxóssi com Oxum.
Era o príncipe do encanto e da magia.
Oxóssi e Oxum eram doi sorixás muito vaidosos e orgulhosos e por isso viviam brigando.
A vida do casal estava insuportável e resolveram que era melhor se separar.
O filho ficaria metade do ano nas matas com Oxóssi e a outra metade com Oxum no rio.
Com isso, Logum se tornou uma criança de personalidade dupla:
cresceu metade homem, metade mulher.
Oxum proibiu Logum de brincar nas águas fundas,
pois os rios eram triçoeiros para uma criança de sua idade.
Mas Logum era curioso e vaidoso como os pais.
Logum não obedecia à mãe.
Um dia Logum nadou rio adentro, para bem longe da margem.
Obá, dona do rio, para vingar-se de Oxum, com quem mantinha antigas querelas,
começou a afogar Logum.
Oxum ficou desesperada
e pediu a Orunmilá que lhe salvasse o filho,
que a amparasse no seu desespero de mãe.
Orunmilá, que sempre atendia à filha de Oxalá,
retirou o príncipe das águas traçoeiras e o trouxe salvo à terra.
Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores
e a todos os que vivessem das águas.
Dizem que foi Oiá quem retirou Logum Edé da água e temrinou de criá-lo juntamente com Ogum.
Loci Loci!!! que nunca nos falte o encanto!

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Uma prosa que fala dos Orixás!! Yêmanjá ganha o poder sobre todas as cabeças.



Quando Olodumare fez o mundo,

deu a cada orixá um reino, um posto, um trabalho.
A exu deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.
A Ogum deu o poder da forja, o comando da guerra e o dominio dos caminhos.
A Oxóssi ele entregou o patronato da caça e da fartura.
A Obaluaê deu o controle das epidemias.
Deu a Oxumare o arco-íris e o poder de comandar a chuva, que permite as boas colheitas e afasta a fome.
Xangô recebeu o poder do trovão e o império da lei.
Oyá ficou com o raio e o reino dos mortos,
enquanto Euá foi governaros cemitérios.
Olodumare deu a Oxum o zelo pela feminilidade, riqueza material e fertilidade das mulheres.
Deu a Oxum o amor.
Obá ganhou o patronato da familia
e Nanã, a sabedoria dos mais velhos,
que ao mesmo tempo é o principio de tudo,
a lama primordial com que Obatalá modela os homens.
A Oxalá deu o privilégio de criar o homem,
depois que Odudua fez o mundo.
E a criação se completou com a obra de Oxaguiã,
que inventou a arte de fazer utensílios, a cultura material.
Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados de Oxalá.
Para a casa de Oxalá, foi Iemanjá cuidar de tudo:
de casa, dos filhos, do marido, da comida, enfim.
Iemanjá nada mais fazia que trabalhar e reclamar.
Se todos tinham algum poder no mundo,
um posto pelo qual recebiam sacrificios e homenagens,
por que ela deveria ficar ali em casa feito escrava?
Iemanjá não se conformou.
Ela falou, falou e falou nos ouvidos de oxalá.
Falou tanto que oxalá enlouqueceu.
Seu Ori, sua cabeça, não aguentou o falatório de Iemanjá.
Iemanjá deu-se então conta do mau que provocara e cuidou de Oxalá até restabelecê-lo.
Cuidou de seu Ori enlouquecido,
oferecendo-lhe agua fresca, obis deliciosos, apetitosos pombos brancos, frutas dulcíssimas.
E Oxalá ficou curado.
Então, com o consentimento de Olodumare,
Oxalá encarregou Iemanjá de cuidar do Ori de todos os mortais.
Iemanjá ganhara enfim a missão tão desejada.
Agora ela era a senhora das cabeças.

Editado por: Mãe Polly d'Yêmanjá.

Líderes umbandistas dizem que ritual com galo foi ato criminoso

Líderes umbandistas dizem que ritual com galo foi ato criminosoO galo encontrado com as patas e asas quebradas, em um despacho, no último sábado, 21, está se recuperando. Segundo a voluntária que cuida do animal, apesar de ele ainda não estar se movimentando normalmente, está se alimentando de forma regular, sendo sua comida preferida tomatinhos. No dia em que foi encontrado no cruzamento das ruas Casimiro de Abreu e Dr. Augusto Duprat, no bairro Cohab I, o galo foi retirado do local e levado a um veterinário, que o medicou.

A matéria publicada na edição do dia 25 suscitou inúmeros comentários e gerou polêmica. Segundo pai Nilo de Xangô, presidente da Associação Rio-grandina de Cultos Umbandistas e Afro-brasileiros, existem milhões de trabalhos, mas, em nenhum deles, se faz "o que fizeram com este animal". "Isto vem de alguém que quer desmoralizar a nossa religião ou de alguém que se diz pai ou mãe de santo", opinou.

Pai Nilo diz não acreditar que pessoas responsáveis irão doutrinar e ensinar a fazer este tipo de coisa. "Este ato desumano não existe em nossa religião". Salienta, inclusive, que a entidade que representa sempre orientou que os centros espíritas, ao fazerem sua oferenda, o fizessem em lugares adequados, como um mato, embaixo de uma árvore, em um local na praia onde não há banhistas. "Sempre recomendamos que não façam na cidade. E nossa intenção não é chocar ou expor alguém ao perigo".

Ressalta que um bom pai de santo ou cacique de terreiro é responsável pela religião que professam. "Portanto, temos que ser responsáveis". Informa que orienta sempre que, mesmo em locais adequados, não quebrem as garrafas. "Em vez de fazer o bem para uma pessoa, acabam fazendo o mal para muitas. Imagine quebrar uma garrafa na beira da praia, o que isto representa para os banhistas. É um mal que temos a obrigação de evitar".

Para ele, trabalhos como este, que fez um animal sofrer, é obra de pessoas despreparadas, mal-orientadas. "Hoje, infelizmente, uma pessoa bota água na cabeça e acha que já é pai de santo. E fazem isto por dinheiro. Muitas pessoas entram na umbanda para enriquecer. Esquecem que tudo tem um fundamento. E quem cometeu esse ato é leigo, é alguém que está entrando na religião e está com pressa de ganhar dinheiro, porque acha que a umbanda é isto. E denigrem, assim, nossa religião. Esquecem que ser pai ou mãe de santo requer muita responsabilidade e compromisso", salienta Pai Nilo.

Explica que há, sim, o sacrifício de animais, mas nunca sem um propósito e nunca de forma a fazer o animal sofrer. "Nós não queremos sofrimento em nossas vidas, então, por que fazer um animal sofrer? Não tem lógica. Nós sacrificamos animais em nossas festas, mas sempre para nos servir de alimento". Pai Nilo frisa que respeita todas as religiões e quer que sua seja respeitada. "É bem sabido que, em todas as religiões, existem aqueles que não prestam".

O babalorixa Jorginho do Xangô, presidente da Comissão Regional da Metade Sul em Defesa da Religião Afro Brasileira (Coremsdrab), repugna o ato. "Um provável religioso despreparado, sem ética e sem fundamento, não obedecendo aos ritos da religião, fez um verdadeiro ato de aberração e maldade, denegrindo a religião e desrespeitando os babalorixas e yalorixas, que tratam a religião com seriedade, obediência e respeito aos preceitos do fundamento das mesmas".

Enfatiza que dizer que não usam aves nos rituais é negar o passado, a tradição da religião. "Mas o sacrifício é feito em nossos pejis, onde se dá o apanajé (matar para comer), e não em via pública , onde agride a mãe natureza, o público em geral e demonstra maus-tratos com os animais". Como representante da Coremsdrab, ressalta que irão procurar saber quem é o autor da crueldade e que serão tomadas providências. "Rogamos a Olorum (pai da criação) para que ilumine a cabeça do autor deste ato para que reflita e não cometa mais atos de tamanha crueldade. E reafirmo que atos como estes no nosso meio religioso não são permitidos e nem tolerados. Isto não é sacralização e, sim, um ato criminoso".



Texto editado por: anete@jornalagora.com.br
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Salúba Nanã, salúba!!

A Deusa mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição. Conforme a tradição afro-brasileira, Nanã além de ser a mais antiga das divindades, foi também a primeira esposa de Oxalá. A mais velha deusa da água está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência, é capaz de castigar com a intenção de educar. Nas cerimônias da umbanda é conhecida como vovó. As pessoas consideras filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias e introvertidas. Seguras e equilibradas em tudo o que fazem, gostam de ajudar as pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade. Quando precisam desenvolver algum trabalho, mesmo que exija rapidez, sabem usar da paciência como se tivessem todo o tempo do mundo para sua execução.

Dia da Semana: Terça-feira

Saudação: Salubá Nanã!

Cores: Azul escuro, branco ou lilás.

Símbolo: Ibiri

Alimento Principal: Repolho roxo cozido e pipoca

Ciganos são uma classe de espíritos que incorporam nos terreiros de umbanda.

Entidades ciganas.
História pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.

Ossãin, deus das folhas, das ervas!!!

OSSÃIN/ OSSAIM/ OSSÃNIN
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande (ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folhas possui um só tronco.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam do panteão Jeje assimilado pelos Nagôs, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.
Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.

Características dos filhos de Ossaim

Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.
São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.
Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.

Dados
DIA: Quinta-feira.
CORES: Verde e Branco.
SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).
ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).
DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.
SAUDAÇÃO: Ewé ó!


Joãozinho da Goméia

Nasceu em 27 de março de 1914 em Inhambupe, Bahia. Sua família era católica e chegou a ser coroinha da paróquia de sua cidade. Mas o menino parecia realmente já vir predestinado a vivenciar o mundo das tradições religiosas afro-brasileiras, mesmo antes de se iniciar em uma casa de culto.
Na pequena cidade onde nasceu, distante 153 km da capital, aos 10 anos já demons-trava sua forte personalidade, como bom filho de lansã. Aos 17, deixou a família e rumou para Salvador, onde fez de tudo para sobreviver. No armazém onde trabalhou, conheceu uma senhora que muito lhe ajudou e que considerava como sua madrinha. Foi ela quem o levou ao terreiro de Severiano Manuel de Abreu, que recebia a entidade conhecida como Caboclo Jubiabá.

MESMO CONSCIENTE DA GENEALOGIA E HIERARQUIA DOS DEMAIS TERREIROS, CONSEGUIU IMPOR SUA AUTORIDADE E SE LEGITIMOU AO LONGO DOS ANOS

Uma das muitas histórias que se conta sobre sua iniciação é o fato de Joãozinho sofrer de fortes dores de cabeça sem explicação ou cura por meio da medicina. Assim que se realizou sua feitura, as dores de cabeça cessaram; teriam sido apenas um aviso de que o menino já vinha com o destino traçado pelos Orixás, que cobravam sua iniciação.

Em torno da figura de Joãozinho da Goméia sempre houve muita polêmica; para muitos, que buscavam formas de criticá-lo, sequer teria sido "feito". Mas há filhas-de-santo de Pai Joãozinho que contam todo o seu processo de iniciação. Uma delas, aos 92 anos declarou ao jornal Correio da Bahia que tinha dúvidas de que, se ele fosse vivo, alguém tivesse coragem de contradizê-Io.
1971 MORRE O GRANDE BABALORIXÁ
JOÃOZINHO DA GOMÉIA
O dia em que o Candomblé chorou!

19 de março de 1971 - o dia da semana era sexta-feira, fatídico para alguns, benéfico para outros. O local, Rua General Rondon, 360, bairro Copacabana, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Já passava das nove horas e o relógio em breve faria soar as dez badaladas. De repente, um silêncio se faz sentir; as poucas pessoas que ali se encontravam se entreolham assustadas. Parecem hipnotizadas, presas ao chão. Na face de cada uma, a palidez, o medo.

No enorme galpão, uma imagem de lansã se desprende da parede atrás de uma imponente cadeira. Cai ao chão e a deusa se desfaz em dezenas de pedaços. Um vento frio sopra e redemoinhos se formam levantando poeira; o céu se cobre de nuvens pretas como se vestisse luto, onde antes brilhava o solou se via o azul.
O vento uivante aumenta de intensidade e as pessoas começam a se mexer. Muitos diriam, depois, que os gemidos do vento mais pareciam lamentos de Omolu, o guardião dos cemitérios.
Assustados e talvez adivinhando as razões de tão estranhas manifestações da Mãe Natureza, alguns correm ao pátio: o pé de jurema, a árvore sagrada, começa a murchar, a canjica azeda minutos depois de colocada aos pés do Orixá. Nesse instante todos tiveram conhecimento do que estava ocorrendo e lágrima silenciosas começaram a descer nas faces negras e a molhar as vestes brancas. Os atabaques gemeram e choraram e, no gemido de seu couro, transmitiram ao Céu e à Terra os lamentos de uma dor que se espalharia por todo o Brasil.



Tudo isso se passou na roça de joãozinho da Goméia. No mesmo instante, a 400 quilômetros de distância, o Rei do Candomblé, maior propagador dos ritos afro-brasileiros, mais antigo e respeitado sacerdote do Brasil, deixava o mundo dos vivos, desencarnara e partira para o Reino de Oxalá - o Pai Supremo.

São Paulo, Hospital das Clínicas, 9 horas e 50 minutos, sexta-feira. Num leito branco, um homem moreno, forte, grandalhão e de finos traços trava uma batalha com a morte. Seu rosto é tranqüilo, aparentando uma enorme paz interior. Nas têmporas, os cabelos ralos já agasalham a neve dos anos que sobre eles passaram: retratam as dores, os sacrifícios, as lutas e os sofrimentos.
Ao seu lado os médicos se empenham para impedir os desígnios da morte, que quer levar mais um tributo e eles não concordam. O combate é desigual: de um lado, os fracos conhecimentos e as desvalidas forças do ser humano; do outro, os misteriosos poderes extraterrenos.

A luta é árdua; há muitas horas o combate se trava num vaivém irritante. Em momentos, parece que os médicos conseguirão enganar a morte; em outros, a vitória pende para esta. De um lado, os médicos de branco, cor tão querida e amada por aquele homem que ali se encontra sem poder participar da batalha. Ele, que durante toda a vida foi um valente que nunca fugiu à luta, não sabe que do outro lado o espectro da morte tenta arrebatar-lhe a vida, a alma. Seu espírito, este sim está vendo tudo, sabe até o destino que lhe é reservado, só que não pode intervir. Ele, o espírito, o motivo da batalha, dela não pode participar. Altos desígnios, mais fortes do que ele, presidem todos os detalhes do combate. Como humilde servidor desses desígnios, só lhe cabe apreciar os lances. Mesmo sabendo que no final o prêmio do vencedor será ele próprio.
A batalha chega ao fim - João Alves Torres Filho, o doente que os médicos não conseguiram salvar - talvez porque Oxalá houvesse decidido em contrário¬entrega sua alma ao Mestre Supremo.

Joãozinho da Goméia morreu aos 57 anos, 40 dos quais dedicados ao Candomblé. Desencarnou no dia de São José, oito dias antes de completar 57 anos. Por estranha coincidência, no dia de sua morte sua roça em Duque de Caixas iria promover o Lorogun - uma das grandes cerimônias do Candomblé que significa o fechamento do terreiro para o período da Quaresma.

Em dezembro ele pretendia promover uma grande festa para lansã, sua protetora. Oxalá, porém, decidiu que sua missão na Terra estava terminada.

Quando seus filhos-de-santo receberam a notícia de sua morte, o pranto e a dor tomaram conta de todos. Uma histeria coletiva jamais vista fora de um terreiro levou quase à loucura milhares de pessoas que se aglomeravam em frente ao hospital. Mulheres choravam, entravam em transe, desmaiavam; os homens murmuravam preces por sua alma e gritavam: - Pai, me leva com você!

Ao se confirmar a triste verdade, os atabaques começaram a marcar em toques fúnebres, anunciando a dor da perda irreparáveI. Todos ficaram inconsoláveis, mas mesmo assim lembraram de render tributo a Oxalá, pedindo que recebesse o filho amado de braços abertos. Para eles, o grande sacerdote apenas desencarnara, ganhando uma estrada de estrelas para chegar ao Reino de Oxalá.

Há muito joãozinho da Goméia se encontrava doente, e nos últimos meses queixava-se de fortes dores de cabeça. Os médicos encontraram a causa das terríveis dores do Rei do Candomblé: Na parte frontal da cabeça, em local de difícil exploração, formara-se um tumor, e sua localização tornava perigosa qualquer intervenção cirúrgica. Após comunicarlhe os perigos que correria, indagaram se deviam ou não operá-Io. Joãozinho não pensou nem um segundo para responder: - Podem operar, seja feita a vontade de Deus.

Às 8 horas e 15 minutos de sábado o corpo foi liberado para o transporte ao Rio de janeiro. No carro funerário foi o corpo, atrás caravanas de I 5 federações de São Paulo e dezenas de carros de fiéis. O motorista diria depois: - Em 19 anos de profissão, nunca vi tanta gente acompanhar um corpo.


"Se eu morrer, quero que todos os meus filhos-de-santo continuem fazendo caridade. E que se esforcem para que o Candomblé do Brasil seja, cada vez mais, encarado com seriedade e respeitado por todo o mundo"

Site: Oriaxe.com.br